O Ministério da Igualdade Racial, comandado por Anielle Franco, pediu ao Ministério do Desenvolvimento Social que as famílias ciganas, quilombolas e de terreiros, afetadas pelas fortes chuvas do Rio Grande do Sul (RS), sejam priorizadas na distribuição de alimentos em ações emergenciais no Estado.
De acordo com a diretora para políticas de quilombolas e ciganos da pasta de Anielle, Paula Balduíno, desde o final de semana, o ministério deu início a um esforço para mapear as famílias impactadas.
“É bastante difícil esse trabalho de levantamento de informação, porque algumas cidades ficaram sem energia, então tem algumas lideranças que estão incomunicáveis”, afirmou Balduíno, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo.
Balduíno disse que o Ministério da Igualdade Racial tem recebido vídeos e áudios de ciganos relatando os efeitos das enchentes que afetam o RS.
“É muito triste você ver um senhor, por exemplo, falando ‘o guarda-roupa da minha netinha, perdi’. Porque é um esforço grande para conseguir adquirir um bem e eles perderam muita coisa com as chuvas. Então a ideia é levantar essas demandas para a gente poder articular com os órgãos um apoio”, disse a diretora da pasta de Anielle.
Balduíno afirmou ainda que outras demandas estão sendo mapeadas, entre elas se alguma família precisa de resgate. A diretora também ressalta a dificuldade de logística para alcançar essas famílias.
“Basicamente, a gente vai ter que montar uma estratégia de levar por helicóptero esses alimentos para muitas dessas famílias. Então tem uma parte da nossa equipe que está exclusivamente dedicada a fazer esse levantamento e trabalhar na construção dessa logística junto com os outros órgãos”, completou.
Outro lado
A medida, no entanto, é vista com desconfiança pela oposição. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou que “nem na tragédia há sanidade no governo Lula. A proridade deve ser para todos que estejam necessitando, independente de qualquer coisa”.