Nos últimos dias, o Papa Francisco fez declarações que geraram bafafá na grande mídia. Em uma reunião a portas fechadas com os bispos italianos, o Papa disse que “já tem muita viadagem” (em italiano, “c’è gia troppa frociaggine”) nos seminários católicos, e agora afirmou que “fofocar é coisa de mulher”.
Na primeira declaração, conforme reportado pelo site italiano Silere non Possum, Francisco usou o termo “frociaggine”, que pode ser traduzido como “viadagem” ou “bichice”, para descrever a situação nos seminários católicos. A expressão foi feita em um encontro com mais de 200 bispos italianos e causou um rebuliço imediato. A questão é: o Papa disse alguma mentira? É evidente que não.
Poucos dias depois, o Papa voltou a causar alvoroço ao afirmar, em reunião com jovens padres em Roma, que “fofocar é coisa de mulher”. Segundo o mesmo site, Francisco disse: “Temos calças, por isso temos de dizer coisas”. Esse comentário foi uma espécie de reprise de uma fala anterior, quando, em uma audiência no início de 2023, ele incentivou um grupo de religiosos a “ter calças” e a “dizer as coisas na cara”.
As declarações sobre homossexuais nos seminários levaram o Vaticano a emitir um pedido de desculpas em nome do Papa — mas sem negar que ele tenha feito uso da expressão “viadagem”. Por sua vez, o comentário a respeito de fofocas, embora polêmico, parece que muitos entenderam como uma tentativa de Francisco de incentivar a honestidade e a transparência.
Agora responda sinceramente: nesses casos, o Papa está errado?
