A Globo se manifestou pela primeira vez sobre a polêmica envolvendo o uso de dublagem com Inteligência Artificial na produção Rio-Paris: a tragédia do voo 447. Em nome do Globoplay, a emissora carioca afirmou que a ideia partiu com base em testes e soluções internas para experimentação e uso.
O canal da família Marinho destacou que “sempre esteve na vanguarda da inovação tecnológica, e não tem sido diferente com a adoção da inteligência artificial”. O veículo de comunicação frisou o uso de ferramentas de IA na produção de conteúdo antes mesmo dela estar totalmente disponível no mercado.
A Globo acrescentou que tudo foi feito de forma ética, transparente e buscando a qualidade sem deixar de lado a questão dos direitos. “Cumprimos o compromisso assumido com algumas empresas de dublagem de não utilizar as vozes de seus dubladores através de processos de IA ou para o treinamento de IA”, explicou.
O assunto colocou a plataforma de streaming mais importante do país na mira de críticas de espectadores, em especial dos defensores do trabalho dos dubladores no país.
Globo reage após 4 dias de matéria do RD1
Como informado no último sábado (1º) pelo RD1, o público começou a reclamar nas redes sociais da ideia colocada em prática pela Globo, numa decisão que colocou de lado profissionais do campo da dublagem.
No início dos episódios da série documental, a informação: “A versão em português das entrevistas concedidas em língua estrangeira para este documentário foi feita a partir da voz dos próprios entrevistados, como uso de inteligência artificial, respeitando-se todos os direitos e leis aplicáveis”.
O Globoplay ressalta que “o conteúdo das dublagens é fiel às entrevistas originais” e que “os entrevistados que não aceitaram a dublagem foram legendados”.
Escrito por
Paulo Carvalho
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].