Josias Souza, 38, foi encontrado morto dentro da própria residência, na manhã desta quinta-feira (13), em Sorriso (420 km ao norte de Cuiabá). Ele era professor da rede municipal e foi preso há 9 dias acusado de crime sexual cometido contra um estudante de 6 anos.
Ainda não se sabe a motivação da morte. Equipes do Corpo de Bombeiros estiveram no local e constataram o óbito em um conjunto de quitinetes.
Equipes da Polícia Civil e da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) foram acionadas para os procedimentos cabíveis.
O caso é investigado.
A prisão
Josias Souza foi preso na última terça-feira (4), após a Secretaria Municipal de Educação acionar o Núcleo de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica e Sexual, que encaminhou uma notificação de violência relatando as atitudes do professor, inclusive, com a análise de imagens de câmeras de segurança da sala de aula.
Em uma atividade orientativa sobre as ações do movimento Maio Laranja, com palestra sobre exploração sexual infantojuvenil realizada no dia 03 de junho na escola, alguns participantes relataram que o professor fazia ‘brincadeiras’ com toques, como colocar a mão por dentro da camiseta dos alunos e cócegas nas crianças.
As atitudes foram informadas à direção da escola, que observou a conduta do professor na sala de aula por meio de filmagens do circuito interno da sala de aula, onde ele aparece conduzindo um aluno para os fundos da sala e depois se posicionou com a criança atrás de uma carteira, no último assento da sala. Ali, o suspeito ficou sentado no chão com a vítima, por quase 10 minutos. Estranhando a situação, uma colaboradora entrou na sala e foi até o professor, quando viu a criança deitada no chão de barriga para cima, e chamou o suspeito, pedindo que ele entregasse um documento à direção. O suspeito foi até um armário da sala de aula, quando a testemunha relatou que o viu com ereção no órgão sexual.
A mãe da criança foi ouvida e contou em depoimento que o professor presenteava a criança com agrados como skate, mochila, garrafas; e ainda pediu para que pudesse levar o menor em casa após as aulas, alegando que queria ajudar a mãe da criança.
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