Garota de Programa do CV usou comparsas para emboscar jovem em `sexo da morte´ em MT

A Delegacia da Polícia Civil de Diamantino prendeu, nesta sexta-feira (14), quatro investigados pelo assassinato e ocultação de cadáver de Francisco Venicius Sousa Nascimento Barros, de 21 anos, trabalhador paulista, em março deste ano, no município. Eles estavam com as prisões temporárias decretadas.

Os presos são uma prostituta que armou uma emboscada após ver uma foto no celular do rapaz e presumir que ele seria membro do PCC (Primeiro Comando da Capital) e outros três comparsas, – todos da facção criminosa Comando Vermelho (CV) -, que ela chamou para executar a vítima.

Francisco Venicius desapareceu no início de março no Distrito de Deciolândia, pertencente ao município de Diamantino (208 km de Cuiabá). Ele estava na região trabalhando em uma prestadora de serviço do interior de São Paulo para uma empresa de bioenergia.

No dia 6 de março, o jovem saiu do hotel em que estava hospedado, com outros colegas de trabalho, e não informou para onde iria. Na manhã seguinte, os colegas de Francisco informaram o encarregado da empresa sobre a ausência do rapaz e procuram por ele na região, mas sem sucesso.

O gerente da empresa procurou a Polícia Civil em Tangará da Serra e registrou o desaparecimento. A partir do conhecimento sobre o ocorrido, a Delegacia de Diamantino, área de circunscrição do distrito de Deciolândia, iniciou as diligências para esclarecer as circunstâncias em que Francisco sumiu e apurou que ele frequentou um prostíbulo no distrito, onde fez programa com uma das profissionais do local.

Profissionais do prostíbulo foram ouvidas, além de outras testemunhas, e forneceram informações que auxiliaram a Polícia Civil a delinear a linha de investigação e identificar os envolvidos no desaparecimento e assassinato de Francisco. Francisco manteve contato por telefone com a garota com quem contratou um programa.

A investigada viu uma foto perfil do aplicativo WhatsApp da vítima, onde ele fazia um sinal de três com a mão, o que foi deduzido como alusão a uma facção paulista. A garota de programa armou então uma emboscada para que a vítima comprasse entorpecente. No local, Francisco foi executado por três integrantes de uma facção criminosa, que depois ocultaram o corpo da vítima.

O delegado Marcos Bruzzi representou pelas prisões temporárias dos quatro envolvidos – a garota de programa e três executores do crime -, que foram cumpridas entre esta quinta e sexta-feira.

“A partir dessas prisões queremos reunir outros elementos probatórios que possam esclarecer toda a dinâmica do desaparecimento da vítima, como ela foi morta e o onde o corpo foi ocultado”, comentou o delegado de Diamantino.

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