Depois de uma grande novela envolvendo a possibilidade de corte de gastos do governo federal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) bateu o martelo: vai cortar. E não será pouco. Ao menos R$ 25,9 bilhões serão cortados do orçamento do governo, e o alvo principal serão os benefícios sociais.
Isso não quer dizer que algum benefício social será extinto pelo governo federal. Todos eles seguirão sendo pagos normalmente. Contudo, de antemão é possível afirmar que eles passarão por uma redução no número de atendidos, e as exclusões serão feitas por uma espécie de pente-fino.
Para o ex-presidente Jair Bolsonaro, essa redução tem o pobre como mira.
” Para não atrapalhar nas eleições Lula determinou que os cortes serão realizados somente em 2025. Sem Bolsa-Família e BPC o pobre não vai comer sequer pescoço de frango ou abóbora”, disse em seu perfil no Instagram.
Embora a decisão tenha sido tomada por Lula, o presidente decidiu não estar presente no momento do anúncio. Coube ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) dar a informação na noite desta quarta-feira (3). Ele estava ao lado dos seguintes ministros:
- Simone Tebet (Planejamento e Orçamento);
- Rui Costa (Casa Civil);
- Esther Dweck (Gestão);
- Alexandre Padilha (Relações Institucionais).
“A primeira coisa que presidente determinou é: cumpra-se o arcabouço fiscal. Não há discussão a esse respeito”, disse Haddad em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
“A determinação […] é que o arcabouço seja preservado a todo custo, o que significa dizer que o relatório de julho pode significar algum contingenciamento e algum bloqueio, que serão suficientes para que o arcabouço seja cumprido”, afirmou.