Um brigadista morreu carbonizado enquanto combatia incêndios na Amazônia na região da Terra Indígena Capoto/Jarina, no Parque Nacional do Xingu-MT. O corpo dele foi encontrado nesta segunda-feira (26). Ele atuava como brigadista do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)
De acordo com o Ibama, o trabalhador desapareceu por volta das 11h desse domingo (25), enquanto trabalhava no combate ao fogo que se iniciou no território indígena e, desde então, não foi mais visto.
Conforme o Instituto Raoni, a situação na terra indígena se agravou nos últimos 10 dias. É estimado pela entidade que a região tem cerca de 635 mil hectares, o que é maior do que a área do Distrito Federal (DF). Atualmente, 42 brigadistas atuando no combate, sendo que metade deles são indígenas voluntários.
Além disso, a instituição disse ainda que solicitou ao Ibama que mais brigadistas fossem enviados até o local, mas, até o momento, nada foi feito.
De acordo com o Instituto Raoni, este ano os focos de incêndio se espalharam mais cedo que o normal, já que o esperado era que o pico se intensificasse no mês de setembro, não logo em agosto.
Imagens divulgadas pela instituição mostram a região coberta pelo fogo e o céu cinza devido à fuligem e fumaça. (veja acima). Em um vídeo gravado pelo sobrinho do Cacique Raoni, Megaron Txucarramãe, ele implora por socorro.
“Se alguma autoridade puder me ouvir, por favor manda avião que apaga fogo. Só pode apagar esse fogo jogando água com avião”, pediu no vídeo gravado.
Segunda morte
Na última quinta-feira um brigadista também morreu durante o combate ao forte incêndio que ocorreu na divisa entre Sonora (MS) e o estado de Mato Grosso, um brigadista da Usina Sonora.
De acordo com o site Idest, a vítima estava em cima de caminhão-pipa que foi incendiado enquanto ele tentava controlar as chamas.
Ao perceber que o veículo estava em risco, ele tentou fugir, mas não conseguiu e acabou morrendo. Um colega que estava com ele conseguiu escapar com vida.