Candidato à Prefeitura de Brasnorte (395 km de Cuiabá), o ex-delegado Eric Marcio Fantin, voltou atrás e admitiu nesta quinta-feira (29) que realmente era ele quem aparecia em vídeos íntimos que foram vazados recentemente. Há quatro dias, Fantin publicou em sua rede social um pronunciamento em que alegava que os conteúdos eram falsos e se tratavam de inteligência artificial.
“Venho aqui pedir perdão pra vocês, perdão pra minha esposa, eu já pedi pra minha família e para os meus amigos. Eu estive afastado da minha esposa por cerca de um ano, nós estávamos em conflito no casamento e, durante esse tempo, eu tive contato com quatro mulheres, uma daquelas é a do vídeo. Essa daí recebeu dinheiro daqui de Brasnorte, dos corruptos daqui de Brasnorte, para me gravar escondido e divulgar na internet”, disse em vídeo postado nesta quinta-feira.
O candidato ressaltou que a prática configura crime e que a mulher que aparece no vídeo com ele responderá, assim como a pessoa que intermediou. Fantin acrescentou que não sabe se também teria sido gravado com as outras mulheres e reforçou que os conteúdos seriam de quando estava separado da esposa.
“Quando a gente erra, a gente tem que pagar pelo nosso erro e eu estou pagando muito caro. Mas a minha esposa já tinha me perdoado 40 dias atrás, nós continuamos firmes e fortes. Isso não afeta a minha capacidade de gerenciar essa cidade para o bem de vocês”.
Fantin alega que a divulgação dos vídeos seria “desespero” dos adversários com o fato de que ele possa chegar à prefeitura.
Na última segunda-feira, Fantin publicou em sua página do Instagram um vídeo em que alegava que um vereador estaria ameaçando divulgar prints de conversas dele com outras mulheres e até mesmo vídeos. No começo da semana ele chegou a apontar que os materiais seriam produzidos com inteligência artificial.
“Isso é mentira, isso não existe. Lamentavelmente a tecnologia permite que seja colocado nosso rosto no corpo de qualquer pessoa e para aqueles mais desatentos, parece como uma verdade, eu venho afirmar esses vídeos são falsos”, disse anteriormente.
O que diz a lei?
Produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes é crime previsto no Artig 216-B do Código Penal (Incluído pela Lei nº 13.772, de 2018) e possui pena de detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa.
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