Francisco dos Santos, conhecido como “Tico”, foi brutalmente assassinado pelo CV na manhã deste domingo (3), em frente à sua residência na cidade de Sonora-MS, localizada a 351 quilômetros de Campo Grande. A vítima levou cerca de 10 tiros de uma pistola 9mm.
O crime ocorreu por volta das 12h40 na Rua 3 de Outubro, conforme sites locais. Conforme o relato da Polícia Militar, Francisco estava sentado em uma cadeira de plástico em frente à sua casa quando um homem de moto parou e começou a disparar.
Tico foi atingido inicialmente por dois tiros enquanto ainda estava sentado. Ao cair, o motociclista desceu do veículo e disparou mais vezes à queima-roupa. De acordo com a Polícia Científica de Coxim, quase todos os projéteis acertaram a vítima, que não resistiu e morreu no local.
As autoridades revelaram que Francisco tinha passagens pela polícia e, além disso, suspeitas indicam possível envolvimento com facções criminosas, levando à hipótese de que o crime tenha sido uma queima de arquivo. Os tiros acertaram a cabeça, tórax e membros inferiores.
Envolvimento com facções e prisões
A execução de Tico foi possivelmente ordenada pela facção Comando Vermelho (CV). Em investigações iniciais, a polícia descobriu que o enteado da vítima havia saído recentemente da prisão e, segundo relatou, tinha sido aliciado pela facção.
Em depoimento, o enteado de Francisco afirmou ter recebido uma mensagem de um número desconhecido que dizia: “Eu falei pra ele trocar ideia com os caras (CV) porque os caras iam cobrar a fita”. As investigações também apontaram que parte do grupo envolvido teria fugido para Mato Grosso, com possível destino a Pedra Preta.
Prisões e apreensões
A Polícia Militar, junto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), montou um cerco nas proximidades do distrito de Ouro Branco e conseguiu interceptar os suspeitos, que fugiam em um táxi. Todos os envolvidos foram presos e confessaram o crime, indicando o local onde haviam escondido as armas.
Os policiais apreenderam dois revólveres calibre .38 assim como uma pistola 9mm. Um dos detidos confessou ter ligação com o CV, agindo como apoio logístico da facção na região. Outro preso, conhecido como “Chavoso”, foi identificado como chefe do grupo local, responsável pela distribuição de drogas para os pontos de venda da organização.
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