Apenas 16% dos 250 filmes de maior sucesso de bilheteria dos Estados Unidos em 2024 foram dirigidos por mulheres, afirma pesquisa do Centro de estudos de mulheres na televisão e filme da San Diego State University.
Apesar de filmes aclamados como “A Substância” de Coralie Fargeat ou “Babygirl” de Halina Reijn, os longas foram uma exceção à regra. O número percentual de 11%, nos 100 filmes mais populares de 2024, baixou, comparado ao ano de 2023.
“Os impressionantes sucessos alcançados por mulheres de destaque nos últimos anos –incluindo Greta Gerwig, Jane Campion e Chloé Zhao– não se traduziram em oportunidades para um número maior de mulheres. A visibilidade para algumas não gerou emprego para muitas”, afirmou em nota Martha Lauzen, autora do estudo e diretora do Centro.
O estudo lembra que muitos destes filmes foram lançados por estúdios independentes, como “Love Lies Bleeding – O amor sangra”, de Rose Glass, ou “La Chimera“, de Alice Rohrwacher. Produções lançadas em plataformas de streaming, como “A Garota da Vez“, estreia diretorial de sucesso de Anna Kendrick, não foram contabilizadas.
Houveram aumentos percentuais, entretanto. Mais mulheres foram empregadas como fotógrafas (de 7 a 12%), roteiristas (de 17 a 20%) e produtoras (27%). O estudo concluiu que 70% dos filmes empregavam dez ou mais homens em papéis fundamentais dos bastidores, enquanto somente 8% empregavam mais de 10 mulheres na mesma categoria.
Nos filmes dirigidos por ao menos uma mulher, os números mudam. Diretoras empregavam mulheres em 52% das posições de roteiro, 27% de edição e 34% de fotografia.
