A Controladoria Interna da Prefeitura de Rondonópolis divulgou nesta sexta-feira (17/01) o resultado de uma auditoria que revela um endividamento alarmante da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder). As dívidas da empresa pública municipal atingem R$ 262.226.330,86, configurando uma situação financeira gravíssima que exige medidas urgentes de reestruturação.
O relatório detalha que a dívida total supera os ativos da companhia, agravada pelo crescimento significativo do passivo durante a última gestão municipal. O valor em caixa é praticamente inexistente, o que agrava ainda mais o cenário. Dentre as dívidas, R$ 46.932.477,57 estão relacionadas a débitos com fornecedores diversos. Já as maiores pendências são tributárias: R$ 101.884.518,28 referentes à Previdência e R$ 80.553.006,01 em outros tributos.
A Controladoria ressalta que a situação do passivo é crítica, com severos prejuízos ao erário público. No relatório, recomenda-se a adoção de medidas como capitalização, renegociação de dívidas e revisão do modelo operacional para evitar a inviabilidade das operações da empresa. A auditoria sugere ainda a instauração de Tomada de Contas Especial para quantificar os danos ao erário e identificar os responsáveis.
O prefeito de Rondonópolis, Cláudio Ferreira, classificou o cenário como um “ataque violento aos trabalhadores e ao erário público” pela gestão anterior, liderada por Zé do Pátio. Segundo Cláudio, a administração passada deixou uma “herança criminosa de prejuízos”. Ele afirmou que não permitirá calotes nos trabalhadores durante sua gestão e que acionará a Procuradoria Geral do Município para envolver os órgãos de controle em busca de soluções.
“A sociedade está pagando caro pela administração irresponsável do ex-prefeito. Não vou aceitar o mesmo desrespeito com os trabalhadores e com a cidade de Rondonópolis”, declarou o prefeito. Cláudio também destacou que buscará um debate amplo com os órgãos de controle para reverter a situação da Coder sem maiores prejuízos ao município.
A auditoria reflete uma realidade alarmante para a empresa e para o município, colocando em evidência a urgência de medidas corretivas para salvar a Coder e proteger os interesses da população.
