O então general havia sido convocado por Bolsonaro para uma reunião no dia 9 de dezembro de 2022. Dois dias antes, o então presidente apresentou uma minuta de decreto golpista aos comandantes das Forças Armadas, mas não teve o apoio do comandante do Exército, o general Freire Gomes. Por isso, Bolsonaro buscou o apoio do outro general, segundo a investigação da PF.
Versão de Cid foi negada pelos advogados. A defesa de Theophilo diz que Bolsonaro não “propôs ou “expôs” nada sobre um plano com intuito ou conteúdo golpista, visto que “limitou-se a declinar lamúrias”.
General seguiu posicionamento de Freire Gomes, que foi contrário ao golpe, segundo depoimento dele à PF. O advogado de Theophilo diz que há uma “contradição” no relatório, já que o golpe não se concretizou por falta de adesão do Exército e pela recusa de Freire Gomes.
Certamente teria rompido suas relações com o então Comandante do Exército Brasileiro e se tornado personagem próximo, com rotineiras e habituais aparições com os demais integrantes da suposta organização criminosa, o que também jamais ocorreu.
Trecho da manifestação da defesa do ex-chefe do Coter
Manutenção no cargo e elogio do atual comandante. “Evidenciando a legalidade das suas condutas”, Theophilo continuou no cargo até a passagem de comando do general Júlio Cesar de Arruda para o general Tomás Paiva, em janeiro de 2023. Além disso, ele teria recebido um “elogio honroso” do atual general.
Relembre indiciamento
Importância de Theophilo na trama. Segundo a PF, a adesão de Theophilo seria essencial para concretizar o golpe porque o Coter tem, dentro da sua estrutura, o Comando de Operações Especiais, unidade militar onde ficam os Forças Especiais, grupo de elite do Exército.