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Ativista de gênero mira debate mais amplo sobre equidade e masculinidades entre lusófonos

Expandir a experiência de Moçambique em diálogos sobre equidade de gênero e masculinidades para países de língua portuguesa está na mira do apresentador e ativista de gênero, Gilberto Macuácua.

Ele disse ao Podcast ONU News que pretende estimular comunidades lusófonas a dar as caras contra a violência de gênero, que afeta milhões de pessoas no mundo. Macuácua Harilal atua há cerca de 15 anos na área, em parceria com a ONU Mulheres.

Partilha de experiências e conteúdo

“Nós temos o foco, naturalmente, em Moçambique. O outro foco também é olhar para a lusofonia, porque sentimos a falta deste tipo de iniciativas, mesmo em nível da lusofonia. Também falamos de Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e de todos os países da África lusófona, tal como a Guiné-Bissau. Já nos encontramos em vários seminários e vários congressos pelo mundo. Vimos que em Moçambique estamos muito avançados nestas matérias. Temos a possibilidade de partilhar nossas experiências e conteúdo para esses países.”

Com um projeto multimídia no horizonte, o entrevistado disse que pretende confrontar a informação de teor enganoso e a manipulação sobre debates de gênero, que são facilmente espalhadas online.

Gilberto Macuácua Harilal afirma que as notícias falsas sobre o tema têm sido potencializadas pelo momento atual no mundo, marcado pela evolução midiática.

“Estamo-nos preparando para isso. E falou das fake news. É verdade que as pessoas atuam quando têm ferramentas que ajudam a perceber as coisas, porque um dos focos é, por exemplo, produzir o conhecimento e desenvolver as capacidades. As pessoas, a partir desse momento e com esses dois elementos, seriam capazes de discernir e perceber o que pode ser verdade e o que pode ser falso. E não só, ao criarmos a Gênero TV, a ideia é estabelecer esse espaço de aprendizado onde as pessoas podem também tirar as suas dúvidas.”

Normas positivas de gênero e prevenção

O ativista diz que tem ambicionado ir até a raiz dos problemas que colocam meninas e mulheres como os maiores alvos da violência de gênero, apesar de ser um problema que também afeta os homens.

Junto à audiência masculina, Macuácua Harilal tem abordado questões que desafiam a masculinidade e a tradição e focado na prevenção da violência, mobilização comunitária, advocacia e o apoio às vítimas da violência de gênero.

“Falo de um aprendizado muito importante. Tenho encontrado muitas vezes homens que, por exemplo, se expõem pela primeira vez a estas ferramentas que eu uso, das quais acabo sendo também uma delas. Há sempre alguma relutância no início, mas melhora quando nos sentamos e dialogamos de forma franca, aberta e fazemos uma análise do quão alguns aspectos da nossa vida e como nós vivemos por anos podem ser prejudiciais. Pegando em exemplos claros do que acontece, nós temos um diálogo extremamente aberto em que abordamos justamente os assuntos que vivemos em cada realidade.”

Gilberto crê que, ao serem adotadas normas positivas de gênero e prevenção da violência, todas as pessoas poderão ser alcançadas com a mensagem da equidade.

Em várias partes do mundo, a violência de gênero tem estado ligada a questões como a disseminação do HIV em pessoas que sofreram violência física e sexual, incluindo de um parceiro íntimo.

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