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Como a ação de Trump na USAID vai impactar o império de George Soros

Ao pausar o financiamento estrangeiro da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID), o presidente Donald Trump desferiu um grande golpe no ecossistema de organizações sem fins lucrativos que promovem a ideologia woke contra os interesses dos Estados Unidos.

Não é por acaso que o financiamento da USAID se encaixou com a concessão de subsídios da Fundação Open Society, do bilionário esquerdista George Soros — e a pausa no financiamento estrangeiro prejudicará seus esforços.

Trump congelou a assistência estrangeira por 90 dias em seu primeiro dia no cargo. Neste fim de semana, agentes do Departamento de Eficiência Governamental entraram nas instalações da USAID e o site da USAID foi fechado. No domingo, Trump nomeou o secretário de Estado Marco Rubio como chefe interino da agência.

A administração colocou cerca de 600 funcionários da USAID de licença na noite de domingo e mais 1.400 de licença nesta terça-feira, informou o site americano Politico. O Departamento de Estado não respondeu imediatamente a um pedido de comentário para confirmar ou negar esta reportagem.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, condenou as “prioridades insanas” que a USAID financiou, mencionando “US$ 1,5 milhão para promover DEI nos locais de trabalho da Sérvia, US$ 70.000 para uma produção de um musical DEI na Irlanda, US$ 47.000 para uma ópera transgênero na Colômbia, US$ 32.000 para uma história em quadrinhos transgênero no Peru”.

“Não sei sobre você, mas como contribuinte americano, não quero que meus dólares sejam destinados a essa porcaria”, acrescentou Leavitt.

As observações de Leavitt ecoam a política da Casa Branca contra o financiamento de projetos woke. Como o memorando do Departamento de Gestão e Orçamento colocou, a administração pretende parar de financiar “políticas de equidade marxista, transgenerismo e engenharia social”. (Embora a administração tenha cancelado esse memorando, a Casa Branca esclareceu que seus objetivos abrangentes permanecem inalterados.)

As conexões de Soros

No entanto, essa “porcaria” é exatamente o que o doador mais notório da esquerda — George Soros — pretende financiar. Soros, um bilionário húngaro-americano que financiou quase todas as causas esquerdistas, fundou o Instituto Open Society, que mais tarde se tornou a Fundação Open Society. A Fundação Open Society trabalhou com a USAID para financiar esses tipos de programas.

“A USAID de Biden e o Instituto Open Society, de George Soros, frequentemente faziam parcerias para cofinanciar programas conjuntos que promoviam agendas sociais radicais em todo o mundo em desenvolvimento”, disse Max Primorac, ex-diretor de operações interino da USAID, ao The Daily Signal em uma entrevista nesta terça-feira. Primorac serviu na USAID de fevereiro de 2018 a janeiro de 2021.

A ex-administradora da USAID, Samantha Power, se encontrou com a Fundação Open Society pelo menos duas vezes e com a Fundação Bill e Melinda Gates pelo menos cinco vezes entre 2021 e 2023, informou a Fox News. Ela também se encontrou com as fundações Ford e Rockefeller, organizações sem fins lucrativos de esquerda que operam em órbitas semelhantes à Open Society.

As fundações sob o guarda-chuva da Open Society trabalham com a USAID há décadas. Em 2001, a rede de fundações Soros listou a USAID entre seus “parceiros doadores”, ao lado de outras agências de ajuda governamental em países como Grã-Bretanha, Suécia, Canadá, Holanda, Suíça, Alemanha e Áustria.

Casos na Suprema Corte

As conexões da Fundação Open Society com a USAID são tão profundas que uma organização sem fins lucrativos da Open Society processou a USAID não uma, mas duas vezes — e ambos os casos chegaram à Suprema Corte.

A história remonta a 2003, quando o Congresso aprovou e o presidente George W. Bush assinou a Lei de Liderança dos Estados Unidos contra HIV/AIDS, Tuberculose e Malária. A lei forneceu fundos federais a grupos privados para combater a AIDS e outras doenças em todo o mundo, mas veio com uma condição. O Congresso e Bush queriam restringir o financiamento a grupos que prometessem se opor à prostituição. Especificamente, a lei exigia “uma política explicitamente oposta à prostituição e ao tráfico sexual”.

As agências de combate à AIDS preferiram permanecer neutras em relação à prostituição para evitar alienar prostitutas que espalhariam a doença sexualmente transmissível.

A Alliance for Open Society International entrou com um processo, e o caso chegou à Suprema Corte. Em 2013, a Suprema Corte anulou a cláusula antiprostituição, determinando que ela violava a Primeira Emenda.

“Ao exigir que os beneficiários do financiamento adotem — como se fossem seus — a visão do governo sobre uma questão de interesse público, a condição, por sua própria natureza, afeta ‘a conduta protegida fora do escopo do programa financiado pelo governo federal’”, escreveu o presidente do Supremo Tribunal John Roberts.

Os juízes Antonin Scalia e Clarence Thomas discordaram, alertando que derrubar a exigência como inconstitucional prejudicaria significativamente a capacidade do governo federal de financiar qualquer coisa.

“A Primeira Emenda não exige um governo neutro em relação a pontos de vista. O governo deve escolher entre ideias rivais e adotar algumas como suas: competição sobre cartéis, energia solar sobre carvão, desenvolvimento de armas sobre desarmamento e assim por diante”, escreveu Scalia. “Este Requisito de Política nada mais é do que um meio de selecionar agentes adequados para implementar a estratégia escolhida pelo governo para erradicar o HIV/AIDS. Isso é perfeitamente permitido pela Constituição.”

No entanto, a Alliance for Open Society International processou novamente, desta vez argumentando que exigir que os afiliados estrangeiros da Open Society assumam um compromisso antiprostituição viola a Primeira Emenda. Desta vez, a Open Society foi longe demais. No caso USAID v. Alliance for Open Society International (2020), a Suprema Corte decidiu que organizações sem fins lucrativos estrangeiras afiliadas a organizações sem fins lucrativos dos EUA não têm direitos da Primeira Emenda sob a Constituição.

O fato de a USAID ter feito tantos trabalhos com a rede Open Society a ponto de que a Alliance for Open Society tenha processado não uma, mas duas vezes, revela como a rede de George Soros tem trabalhado com a USAID. A Fundação Open Society não respondeu ao pedido de comentário do The Daily Signal.

Por que isso importa

Como exponho em meu livro “The Woketopus: The Dark Money Cabal Manipulating the Federal Government” [Woketopus: O Dinheiro Obscuro Manipulando o Governo Federal, em tradução livre, sem edição no Brasil], a Fundação Open Society faz parte da rede de dinheiro obscuro da esquerda que canaliza milhões de dólares para as organizações sem fins lucrativos de extrema esquerda que formaram equipes e aconselharam o governo Biden.

Alex Soros, filho de George Soros, assumiu a Fundação Open Society em 2022. Soros também recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade do então presidente Joe Biden em nome de seu pai em janeiro. A fundação financiou grupos que defendem a teoria crítica da raça (a noção de que a América é sistematicamente racista contra negros), ideologia de gênero, alarmismo climático e uma preferência por um governo tecnocrático.

Sob Biden, funcionou assim: a Fundação Open Society financia um grupo de esquerda, digamos, o Center for American Progress (CAP). Esse grupo então alimenta o governo federal com funcionários — mais de sessenta funcionários no caso do CAP. Trabalhando com esses funcionários e por meio de documentos de orientação, o grupo pressiona a administração a assumir posições extremas sobre clima, imigração, ideologia de gênero e muito mais.

Meu livro destaca como esses grupos ativistas woke influenciaram as políticas de educação, trabalho, energia, questões LGBTQ, a instrumentalização da aplicação da lei contra conservadores, imigração, Israel e eleições.

Nenhum desses grupos desapareceu desde que Biden deixou o cargo. Na verdade, muitos dos ativistas woke que saíram de uma organização sem fins lucrativos para a administração federal retornaram a organizações sem fins lucrativos woke, criando uma espécie de governo no exílio. Outros estão planejando permanecer na administração e se opor à agenda de Trump internamente. Uma pesquisa recente descobriu que 64% dos burocratas federais de D.C. que votaram em Kamala Harris na última eleição disseram que se recusarão a seguir uma ordem legal de Trump se a considerarem uma política ruim.

Ao fechar temporariamente a USAID e reestruturar a longo prazo, Trump está minando um dos principais parceiros da Fundação Open Society na promoção de sua agenda woke. Vamos torcer para que a reestruturação dure.

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