A Deloitte, uma das maiores empresas de consultoria e auditoria do mundo, anunciou na segunda-feira (10) o encerramento de seus programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) nos Estados Unidos, onde tem mais de 170 funcionários em 136 escritórios. A companhia também pediu aos empregados que trabalham com contratos governamentais que removam pronomes de gênero nas suas assinaturas de e-mail.
“Vamos encerrar nossas metas de diversidade aspiracionais de força de trabalho e negócios, nosso Relatório de Transparência de Diversidade, Equidade e Inclusão e nossa programação DEI”, escreveu Doug Beaudoin, diretor de RH da empresa, em um e-mail interno para os funcionários.
A Deloitte se junta a outras grandes forças corporativas que recentemente encerraram suas políticas woke, como Meta, Amazon, Walmart, Toyota e Disney. A descontinuidade das práticas de diversidade atende às novas diretrizes do governo americano.
Assim que assumiu a presidência dos Estados Unidos, no início deste ano, Donald Trump assinou uma ordem executiva proibindo programas de DEI no governo e em contratos federais e apelando para o regresso às “oportunidades baseadas no mérito”.
A Deloitte tem contratos com o governo americano. No último ano fiscal, recebeu cerca de US$ 3 mil milhões (R$ 17,3 bilhões na cotação atual) por esses serviços, de acordo com dados federais.
Segundo Beaudoin, as mudanças foram realizadas depois de uma revisão detalhada de todas as diretrizes, para garantir que se cumpram os requisitos nos contratos com o governo. Mas enfatizou que “todos são bem-vindos na Deloitte” e garantiu que a empresa continuará a promover uma cultura inclusiva.
A Deloitte no Brasil foi procurada para informar se haverá mudanças nas políticas locais da companhia, mas não deu retorno até a publicação desta matéria.
