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Trump veta Associated Press do Salão Oval e do avião presidencial por tempo indeterminado

A Presidência dos Estados Unidos anunciou, nesta sexta-feira (14), que a Associated Press está proibida de acessar o Salão Oval e o avião oficial de Donald Trump, o Air Force One, por tempo indeterminado após a agência de notícias se recusar a chamar o golfo do México de golfo da América.

A agência de notícias americana denuncia desde terça-feira (11) que o acesso de seus jornalistas aos eventos na Casa Branca foi proibido devido à recusa da empresa em adotar a denominação decretada pelo republicano.

A AP é uma das agências de notícias mais respeitadas do mundo, e seu manual de Redação é utilizado por uma série de veículos de língua inglesa. Fundada em 1846 por jornais de Nova York, a empresa fornece artigos, fotos e vídeos para vários meios de comunicação, tanto americanos quanto estrangeiros, e emprega mais de 3 mil pessoas.

“A Associated Press continua ignorando a mudança legal do nome geográfico para golfo da América”, escreveu, nesta sexta, na rede social X, o vice-chefe de gabinete da Casa Branca, Taylor Budowich. “Embora seu direito à cobertura irresponsável e desonesta esteja protegido” pela Constituição, afirmou ele, isso “não garante o privilégio de acesso irrestrito a espaços limitados, como o Salão Oval e o Air Force One”.

Contatada pela agência de notícias AFP, a AP não fez comentários.

Em nota divulgada no começo da semana, porém, a agência de notícias chamou o veto a um jornalista de alarmante e disse que o objetivo da decisão era “punir a AP por seu jornalismo independente”.

“Limitar nosso acesso ao Salão Oval com base no conteúdo de nossas reportagens não apenas limita gravemente o acesso da população a notícias independentes como também é uma clara violação da Primeira Emenda”, afirmou a empresa. A primeira emenda da Constituição americana regula a liberdade de expressão.

No último dia 23, a AP havia dito que não se referiria ao golfo do México como golfo da América, apesar do decreto de Trump que alterou o nome do acidente geográfico. Para justificar a decisão, a agência afirmou que a medida do presidente americano “só tem autoridade dentro dos EUA”. “O México, assim como outros países e órgãos internacionais, não reconheceram a mudança de nome.”

“O golfo do México tem esse nome há mais de 400 anos”, prosseguiu. “Como uma agência de notícias global que entrega conteúdo no mundo todo, a AP precisa se certificar de que lugares geográficos sejam facilmente reconhecidos por todas as pessoas.”

Por outro lado, a agência disse que obedecerá ao decreto de Trump que alterou o nome do monte Denali, no Alasca, para monte McKinley —ele se chamava assim até 2015, quando o então presidente Barack Obama resolveu reconhecer o nome dado pelos indígenas da região à montanha. Trump trouxe de volta o nome antigo, e a AP disse que alteraria seu manual de Redação para refletir a mudança, uma vez que o acidente geográfico se encontra dentro dos EUA.

Entre as empresas que passaram a reconhecer o novo nome dado por Trump ao golfo do México está o Google, que alterou a nomenclatura no Google Maps. O presidente também proclamou o dia 9 de fevereiro como o “dia do golfo da América”.

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