“Todos os filmes são políticos”, declarou à AFP o cineasta americano Todd Haynes, presidente do júri que definirá o vencedor do Urso de Ouro da 75ª edição do Festival de Berlim.
O diretor de 64 anos faz um apelo aos cineastas, como todos os cidadãos, para que comecem a “lutar de novo” contra o “ambiente reacionário” após a eleição presidencial de Donald Trump.
“Carol”, “Segredos de um Escândalo”… Você competiu em vários festivais, o que sente ao integrar o júri?
“É uma oportunidade para deixar de lado o próprio trabalho. Eu fui bastante rigoroso comigo mesmo, como acredito que os outros membros do júri também foram, não li nada sobre os filmes, apenas olhei rapidamente o nome do diretor (…) Esse tipo de virgindade com o cinema é cada vez mais raro em nossa cultura, saturada de informações. É a melhor homenagem ao próprio filme, porque você não tem expectativas particulares”.