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Delegada alerta para risco de feminicídio: Esse crime não acontece do nada, ele é anunciado

DAFFINY DELGADO

DO REPÓRTER MT

A delegada da Polícia Judiciária Civil e ex-titular da Delegacia da Mulher, Jannira Laranjeira, usou seu perfil nas redes sociais, nesta semana, para fazer um alerta sobre os principais sinais que ocorrem antes do feminicídio. Segundo ela, o crime não acontece do nada, ele é anunciado.

O alerta foi feito após a jovem Vitória Camily Carvalho Silva, de 22 anos, ser assassinada a tiros na noite de sábado (15), em Várzea Grande, pelo seu ex-namorado, Helder Lopes de Araújo, de 23 anos.

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Na publicação, a delegada trouxe um trecho de áudios que Helder encaminhou para algum familiar da jovem. Na gravação, ele cobra o fato de Vitória não atender suas ligações e ainda faz ameaças.

“Esse áudio, que circula nas redes sociais, é o retrato cruel do que muitas mulheres vivenciam todos os dias. Intimidação, controle, ameaças. A cada frase a vítima está sendo anunciada do que está por vir e, muitas vezes, através de seus familiares”, disse delegada.

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“Os áudios eram claros. O tom de voz, as palavras, o ódio. Ele queria matá-la e avisou. Mas como tantas outras vezes as ameaças foram ignoradas”, acrescentou

De acordo com Laranjeira, muitas mulheres acabam não levando a sério as ameaças e agressões sofridas. Para ela, procurar ajuda é fundamental e poderia salvar muitas vidas. 

“Até quando as ameaças serão ignoradas? O feminicídio não acontece do nada, ele é anunciado. Ele tem violências escalonadas e é possível a gente resgatar e salvar vidas”, completou.

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Morte de Vitória

A jovem estava na casa de parentes quando o criminoso chegou armado e efetuou diversos tiros em sua cabeça e tórax. De acordo com familiares, o casal estava separado há algum tempo, mas Helder não aceitava e vivia perseguindo Vitória.

Na gravação compartilhada pela delegada, Helder chegou a ameaçar a ex e estaria importunando até a mãe da vítima pelo fato de ela ter seguido com sua vida longe dele.

Helder foi preso poucas horas após o crime, na cidade de Rondonópolis. Ele, em depoimento, afirmou que seria integrante de uma organização criminosa e que a não poderia aceitar ver a ex com outro, pois poderia denegrir sua imagem dentro da organização.



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