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Bebê que foi arrancada do ventre da mãe e roubada passa o primeiro fim de semana com a família

VANESSA MORENO

DO REPORTÉR MT

A recém-nascida Liara passou o primeiro fim de semana com a família, na casa da avó materna, Ana Paula Meridiane Peixoto de Azevedo. Ela é filha de Emelly Beatriz Azevedo Sena, de 16 anos, que foi brutalmente assassinada na última quarta-feira (12).

A bebê, que foi brutalmente arrancada do ventre da mãe, nasceu com 2,8 kg e 48 centímetros e recebeu alta da maternidade do Hospital Santa Helena, em Cuiabá, na sexta-feira (12), após fazer todos os exames e tomar as vacinas necessárias. Ela chegou à unidade hospitalar nos braços da assassina da mãe, Nataly Martins, que após matar adolescente, rou a bebê e tentou registrá-la como filha.

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Ao programa Cadeia Neles, da TV Vila Real, Ana Paula disse que enfrenta um misto de sentimentos.

“Pra mim tá uma mistura de sentimentos, porque a perda da minha filha, o encontro da Liara, porque foi assim, uma vida pela outra. Para mim está sendo muito difícil, porque as coisinhas da Liara sempre vão me lembrar minha filha”, disse a mãe da vítima.

“Ao mesmo tempo que vem aquela felicidade pela vida da Liara ficar conosco, mas tem a dor da perda da minha filha”, completou.

A avó contou ainda que está montando um quarto para a neta. Liara irá morar na casa de Ana Paula, junto com o pai, Edvaldo Fernando, pois ambos pretendem contribuir com a criação da bebê, que irá crescer sem a presença da mãe biológica.

“Ela não merecia isso, ficar sem a mãe, nem a mãe merecia ficar sem a filha”, lamentou a avó.

No primeiro final de semana de vida, Liara já recebeu a visita de alguns familiares, mas Ana Paula revelou que ela, e toda a família, está amedrontada e com muita desconfiança, devido às circunstâncias da morte de Emelly.

“Estamos vivendo um momento de pânico. Não está sendo fácil”, desabafou.

Mesmo assim, ela se apega a Deus para superar a tristeza, pois quer dar muito amor e carinho à neta.

“Eu quero dar o melhor, ter todo o carinho. Eu estou orando muito a Deus para que Deus tire essa tristeza do meu coração, os momentos que eu imagino como a minha filha sofreu, porque eu preciso ter amor pra mim passar pra Liara”, disse Ana Paula.

O caso

Liara é filha de Emelly Sena, que morreu após ter caído na falsa conversa de Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, que ofereceu roupinhas de bebê à vítima. Acreditando que receberia a doação, Emelly saiu de Várzea Grande, onde morava, no dia 12 de março, e foi até à casa do irmão de Nataly, no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá.

Depois disso ela não foi mais vista e passou a ser procurada pela polícia.

Na noite do mesmo dia, Nataly deu entrada no Hospital Santa Helena, junto com seu companheiro Christian Cebalho e uma bebê recém-nascida. Ela contou aos médicos que teve um parto normal em casa e tentou registrar a criança com o nome de Denise.

Nataly foi submetida a exames médicos e despertou desconfiança na equipe do hospital, que acionou a polícia, relatando o caso.

Os policiais cruzaram a informação com o desaparecimento de Emelly e iniciaram as diligências, até que encontraram a vítima enterrada no quintal da casa do irmão de Nataly, em uma cova rasa.

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Nataly, Chistian, o irmão dela, Cícero Martins Pereira, e o cunhado dela, Alédson Oliveira, foram presos. Cícero e Alédson foram detidos porque estavam na casa quando a polícia encontrou o corpo de Emelly.

Na delegacia Nataly confessou que matou a vítima e roubou a criança. Ela disse que orquestrou e executou o crime sozinha, com isso, Chistian, Cícero e Alédson foram liberados.

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Em detalhes, a assassina contou que enforcou a vítima, colocou duas sacolas na cabeça dela, amarrou os pés e as mãos e a arrastou até um quarto da casa. No quarto, ela cortou a barriga de Emelly com uma navalha e uma faca, em formato de T, retirou a criança e depois a arrastou até à cova, onde a enterrou.

Nataly foi presa em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva após audiência de custódia. Agora ela está em uma cela individual no presídio Ana Maria do Couto.

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A Polícia Civil continua as diligências para descobrir se há outras pessoas envolvidas no crime. 

Veja trecho da entrevista da mãe de Emelly:

 



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