O exército israelense já reconheceu ter atirado contra “suspeitos” que representavam uma “ameaça” perto dos centros da fundação, onde multidões se reúnem diariamente. “Investigações aprofundadas foram realizadas (…) e instruções foram transmitidas às forças em terra após as lições aprendidas”, afirmou na sexta-feira, em resposta aos números divulgados pela ONU.
A distribuição de ajuda, vital para os mais de 2 milhões de habitantes do território palestino sitiado, é, segundo o Hamas, uma das questões-chave nas difíceis negociações indiretas em andamento no Catar para tentar avançar em direção a uma trégua entre Israel e o movimento islâmico.
Acordo dentro de alguns dias
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse na quinta-feira (10) que espera que um acordo sobre uma trégua de 60 dias, incluindo a libertação de dez reféns mantidos na Faixa de Gaza, possa ser alcançado “dentro de alguns dias”.
Ele também expressou sua disposição para negociar um cessar-fogo permanente, desde que o Hamas se desmilitarize e renuncie ao controle do território. O movimento islâmico, por sua vez, reiterou repetidamente sua exigência de uma retirada dos militares israelenses de Gaza, “garantias” da natureza permanente de um cessar-fogo e a retomada da ajuda humanitária pela ONU e por organizações internacionais reconhecidas.
O Hamas declarou na quarta-feira que estava pronto para libertar dez reféns como parte de um acordo de trégua.