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Pix é queridinho do brasileiro e não cabe retrocesso

É absurda a tentativa de Donald Trump de barrar o avanço do Pix ao listá-lo como suspeito de prática desleal em relação a serviços de pagamentos eletrônicos na investigação aberta contra o Brasil. É como se a Inglaterra do século 19, que popularizou o motor a vapor, falasse para outros países que estão proibidos de migrar para o motor a combustão.

A escolha do Pix como alvo expôs com clareza os interesses econômicos que norteiam os ataques. O Pix está incomodando muita gente poderosa, como as big techs e as empresas de cartão de crédito.

Embora o próprio Trump esteja batendo nas plataformas por lá, elas têm usado o presidente para se opor à regulação em outros países. E nisso ele tem defendido as big techs. Não há nada, porém, que vá barrar o avanço do Pix e das suas mil possibilidades. A não ser uma nova tecnologia ainda mais eficiente. O Pix é uma engenhoca barata e tão queridinha dos brasileiros que a pressão do presidente norte-americano, impulsionada pelo bolsonarismo, dá munição extra para o presidente Lula na guerra política aberta com a oposição, com consequências imprevisíveis para a economia.

No mundo político, o efeito da sobretaxa de 50% de Trump tem provocando reviravoltas. Se não fosse a guerra comercial, dificilmente o governo teria conseguido negociar rapidamente uma emenda à Constituição com abertura de espaço no Orçamento para gastar mais R$ 12 bilhões em 2026, ano eleitoral.

O acordo é técnico, mas dá uma solução que afasta um risco maior para o governo do lado das contas públicas com uma solução para os precatórios e o arcabouço fiscal. O risco de mudança da meta fiscal ficou menor. Só se esperava uma solução para o impasse para a inclusão de todas as despesas de precatórios no limite de gastos em 2026, mesmo assim com muita resistência política e fatura alta do Congresso.

Outros arranjos políticos estão em andamento. De resto, a PEC traz uma bomba fiscal para estados e municípios com potencial de mais endividamento, com impacto maior para depois das eleições. Isso se não houver judicialização no STF.

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