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O que Israel alegou para intensificar ataques na Síria

No dia seguinte, Israel bombardeou Damasco. O exército israelense fez ataques contra o quartel-general do Exército, Ministério da Defesa e região próxima ao palácio presidencial, marcando uma escalada contra a administração islâmica do presidente interino Ahmed al-Sharaa.

Israel alegou que estava protegendo os drusos e prometeu destruir as forças do Estado sírio. Os drusos são uma minoria religiosa com raízes no islamismo, caracterizada por um sistema eclético de doutrinas e que mantém laços históricos e culturais com Israel. Eles estão distribuídos entre Síria, Líbano e Israel. Estima-se que 150 mil deles tenham cidadania israelense e vivam no país, onde servem regularmente no Exército e são tidos como leais ao governo.

As IDF continuarão a operar vigorosamente em Sweida para destruir as forças que atacaram os drusos até sua retirada completa. Irmãos drusos em Israel, vocês podem contar com as Forças de Defesa de Israel para proteger seus irmãos na Síria. O Primeiro-Ministro Netanyahu e eu, como Ministro da Defesa, assumimos um compromisso — e o cumpriremos. Israel Katz, em publicação no X ontem

As forças governamentais da Síria anunciaram hoje que estavam se retirando da província. Em discurso televisivo, o presidente falou que estava transferindo o controle da segurança na cidade às facções locais drusas. Ele explicou ter tomado a decisão para “evitar que mergulhem em uma guerra em larga escala” e criticou a interferência de Israel, que teria complicado ainda mais a situação.

Acordo de trégua, no entanto, é frágil. Em entrevista à RFI, o deputado Walid Joumblatt, representante da minoria drusa e líder do Partido Socialista Progressista no Líbano, afirmou que nem todos em Sweida aceitaram o acordo e teme que ele tenha apenas um efeito temporário.

Israel tem motivações estratégicas mais amplas, diz analista

Governo israelense tenta limitar o fortalecimento do novo regime sírio. Segundo Fernando Brancoli, professor de Segurança Internacional e Geopolítica da UFRJ, o governo interino que derrubou Bashar al Assad em dezembro faz esforços para controlar regiões instáveis. Israel, por sua vez, teme que esse avanço fortaleça elemento jihadistas ou pró-Irã perto das Colinas de Golã — um território que era sírio e que foi ocupado por Israel desde 1967.



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