Gustavo Farinacio/ FMF – Montagem/RepórterMT
Advogado Eduardo Costa e Silva representa a chapa liderada pelo empresário e jornalista João Dorileo Leal
Gustavo Farinacio/ FMF – Montagem/RepórterMT
Advogado Eduardo Costa e Silva representa a chapa liderada pelo empresário e jornalista João Dorileo Leal
APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O advogado Eduardo Costa e Silva, que representa a chapa liderada pelo empresário e jornalista João Dorileo Leal, denunciou que a Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), presidida por Aron Dresch, está disposta a realizar a eleição para definir quem será o próximo gestor da entidade mesmo após a ordem judicial que determinou a suspensão do processo eleitoral, que ocorreria na manhã deste sábado (03). Dresch e Dorileo eram os únicos candidatos na disputa.
“Eles estão tentando realizar uma nova eleição. Destituíram a comissão instalada, que é o CBMA [Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem], instituíram uma nova comissão em assembleia interna. Nós não reconhecemos essa eleição. O processo se encontra judicializado, com ordem judicial e eles estão tentando, por ato administrativo, sobrepor a uma ordem judicial”, disse o advogado em conversa com os jornalistas.
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O advogado disse que a chapa “Federação Para Todos”, liderada por Dorileo, não participará e não reconhecerá o resultado de uma eventual eleição realizada pela FMF.
“Nós já ingressamos com várias medidas. Isso vai desdobrar, infelizmente pode desdobrar em situações piores, porque ordem judicial se cumpre. Ordem judicial é uma coisa que tem que se respeitar e cumprir. Se não concordar, existe o recurso para tal, mas o descumprimento de uma ordem judicial é muito sério”, concluiu o advogado, que não descartou uma intervenção da CBF no comando da federação de Mato Grosso.
Assista abaixo o vídeo do canal Na Coruja:
FMF se manifesta
Por meio de nota, a Federação informou que recorreu da decisão que suspendeu a eleição. Confira na íntegra abaixo:
A Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) informa que ingressou com recurso contra a decisão liminar que suspendeu a realização da eleição prevista para este sábado (03.05), para escolha da nova diretoria da entidade. A Federação aguarda a análise do pedido, com expectativa de que a decisão seja revista até o início da tarde.
Em Assembleia Geral realizada na manhã deste sábado, os clubes filiados decidiram, de forma consensual, aguardar até as 14h30 uma eventual liberação da Justiça para que o pleito possa ser realizado ainda hoje, como previsto no edital. Apenas o Mixto Esporte Clube manifestou-se contrário à deliberação. Representantes do União e do Nova Mutum, que integram a chapa “Federação Para Todos” como vice-presidentes, acompanharam os demais clubes na decisão de aguardar o desfecho judicial.
A medida foi tomada em respeito ao esforço de dezenas de dirigentes que se deslocaram de diferentes regiões do Estado, percorrendo até 700 quilômetros para participar da eleição, além da Comissão Eleitoral que se deslocou de outro estado e do investimento feito para ter a realização da eleição, demonstrando o compromisso com o processo democrático e a estabilidade do futebol mato-grossense.
A FMF reforça seu compromisso com a legalidade, a transparência e a lisura do processo eleitoral e seguirá tomando todas as providências cabíveis para garantir o direito de seus filiados de escolher seus representantes de forma legítima.
Entenda o caso
A juíza Glenda Moreira Borges, do Pantão Cível de Cuiabá, determinou a suspensão da eleição para a presidência da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), que seria realizada neste sábado (03), sob a alegação de fraude em documentos e descumprimento do estatuto da entidade.
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As duas chapas registradas eram “Federação para Todos”, que tem como candidato ao cargo de presidente o jornalista e empresário João Dorileo Leal, e a “Progresso no Futebol”, encabeça pelo atual presidente da Federação Mato-Grossense, Aron Dresch.
A decisão atende a pedido da Associação Camponovense Celeiro de Futebol, que alegou que o processo eleitoral foi “maculado” em razão de irregularidades praticadas pela atual gestão com o propósito de favorecer o atual presidente da FMF, Aron Dresch, candidato a um terceiro mandato consecutivo, o que não seria permitido pelo estatuto.