Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protestaram nas redes sociais nesta terça-feira (19) contra a Operação Contragolpe, realizada pela Polícia Federal (PF). A ação prendeu cinco suspeitos de planejar um golpe de Estado em 2022, o que gerou acusações de que a investigação tenta vincular Bolsonaro ao caso.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) apontou a ausência de amparo legal para as prisões, classificando-as como “antidemocráticas”. Ele ressaltou que, no Brasil, planejar a morte de alguém não configura crime e defendeu seu projeto de lei para criminalizar atos preparatórios.
A deputada Carla Zambelli (PL-SP) alegou que a operação é uma “cortina de fumaça” criada para atingir o ex-presidente. Em sua crítica, afirmou que “não seguem a lei faz tempo” e repudiou as tentativas de associar Bolsonaro aos supostos crimes.
Bia Kicis (PL-DF) também reagiu, mencionando uma frase do falecido escritor Olavo de Carvalho, considerado uma inspiração no meio bolsonarista: “Ou vocês prendem os comunistas pelos crimes que eles cometeram ou eles o prenderão pelos crimes que vocês não cometeram”.
Eduardo Bolsonaro (PL-SP) caracterizou as investigações como parte de uma “guerra de narrativas” contra a direita. Ele citou outros episódios polêmicos envolvendo o ex-presidente, como as apurações sobre as joias sauditas e o cartão de vacinação, e assegurou que a resposta será dada nas urnas em 2026.
Fábio Wajngarten, advogado de Bolsonaro, criticou duramente a operação, acusando o governo de utilizá-la como estratégia para desviar a atenção de questões da gestão atual. Segundo ele, o ministro Paulo Pimenta agiu de forma “inconsequente” ao associar o grupo detido ao núcleo bolsonarista.
O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) também ironizou o caso, mencionando em tom crítico a primeira-dama Janja ao dizer: “A Janja fez tanta merda que tiveram que voltar com o tal golpe de estado”.