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Após denúncia de Cláudio Ferreira, Rondonópolis fecha 2023 com passivo acima de R$ 1 bilhão

Após uma série de meses sem atualizar seus dados financeiros no Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (SICONFI), o Município de Rondonópolis, após nova cobrança pública do candidato a prefeito, Cláudio Ferreira (PL), o Paisagista, voltou a alimentar o espaço virtual do Tesouro Nacional e o que se revelou foi o cumprimento de uma previsão feita há alguns meses pelo liberal: o Executivo Municipal alcançando um passivo, ou seja, obrigações a pagar, acima de R$ 1 bilhão.

Cláudio foi alvo de uma ação judicial, ainda em novembro de 2023, ajuizada pelo atual prefeito José Carlos do Pátio (PSB), que chegou a divulgar a notícia que o então pré-candidato estaria espalhando fake news cobre as contas da cidade, após o seu jurídico alcançar uma decisão que impedia o liberal de falar sobre o tema. Ferreira, contudo, reverteu a situação rapidamente nos tribunais e voltou a poder tocar no assunto. Neste meio tempo, todavia, os dados oficiais não foram atualizados e, ao serem, recentemente, revelaram a triste realidade prevista, de acordo com o Paisagista.

“Na minha avaliação inicial, eu disse para a população que o atual prefeito deixaria um rombo de R$ 1 bilhão para o próximo gestor pagar, a partir de janeiro de 2024. Mas, incrivelmente, eles conseguiram piorar as coisas e já no fim do ano o passivo extrapolou a faixa de R$ 1 bilhão. Os números mostram que eles cresceram tanto os gastos públicos, do fim de 2022 para cá, que minha projeção foi adiantada. Só para que o cidadão tenha noção: enquanto a receita, ou seja, o caixa, cresceu de um ano para o outro pouco mais de 3%, as despesas se elevaram em mais de 26%. Quero crer que não tenha nada a ver com a eleição, mas o buraco está crescendo perigosamente”, alertou.

Embora a cidade caminhe para ter, em muito pouco tempo, um orçamento de R$ 2,5 bilhões anual, valor expressivo, sobretudo se comparado a outras cidades do mesmo porte de Rondonópolis, os compromissos financeiros a serem cumpridos tornarão a máquina pública, segundo Cláudio, totalmente estrangulada e incapaz de fazer qualquer tipo de investimento.

“O atual prefeito está usando toda a capacidade de endividamento para amarrar a cidade. No chamado passivo circulante, que são as dívidas de curto prazo, temos mais de R$ 86 milhões, mas o não-circulante, ou seja, dívidas que ele vem construindo com bancos e outros acordos mais longos, o que temos a pagar chega acima de R$ 945 milhões. Isso somado ao crescimento já citado dos gastos fixos, é uma insanidade”.

Em tom didático, Cláudio sinaliza que chamar de irresponsabilidade é o mínimo que se pode rotular as ações atuais de gestão.

“Para ser bem claro: o prefeito está armando uma bomba relógio ao seu sucessor. Se fosse comparar com a economia doméstica, eu diria que ele pegou o cartão de crédito, elevou o limite para 10 vezes mais do que a soma do salário de todos da casa, e gastou de maneira que mesmo no parcelamento só vai dar pra pagar dívida a partir de agora. A grande questão é que se ele tivesse pegando esse dinheiro todo para fazer investimentos, até haveria algum sentido, mas não. É para custear a máquina. Evidente que já estamos montando uma estratégia econômica para passar por cima dessa arapuca, mas o Brasil precisa evoluir para não permitir esse tipo de irresponsabilidade. Trata-se do dinheiro de todos”, frisou o candidato a prefeito.

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