Zelensky reforçou o desejo de terminar o conflito com a Rússia. “Devemos e podemos garantir que a paz seja forte e duradoura – para que a Rússia nunca possa retornar com a guerra”, escreveu.
Ucrânia ameaçada
Reunião aconteceu em um momento de tensão dupla para a Ucrânia. Além do avanço de tropas russas, a semana foi marcada por falas hostis de Donald Trump, presidente dos EUA, contra Zelensky. “Zelensky não está bem preparado para enfrentar esses dois desafios ao mesmo tempo”, disse Silvester Nosenko, professor de relações internacionais em Kiev e ex-intérprete do líder ucraniano, à RFI.
Principal aliado de Kiev até agora, os EUA vêm revertendo o apoio à Ucrânia desde a chegada de Trump à presidência. Zelensky foi chamado de “ditador” impopular e ilegítimo por Trump e chegou a culpar o homólogo ucraniano pela invasão russa ao país. O presidente da Ucrânia pediu pragmatismo aos EUA.
As áreas de atrito entre Trump e Zelensky são numerosas e não são novas. No início de fevereiro, o presidente americano anunciou que queria negociar um acordo com a Ucrânia para obter acesso a 50% de seus minerais estratégicos em troca da ajuda americana já entregue. Uma proposta rejeitada e denunciada por Zelensky, que alegou que a Ucrânia “não estava à venda”, ao mesmo tempo em que abriu a porta para “investimentos” americanos em troca de “garantias de segurança”.
Reino Unido e França estão considerando criar uma força militar europeia de “menos de 30 mil soldados” para fornecer segurança à Ucrânia após um possível acordo de paz. Essas tropas reforçariam a segurança aérea e marítima da Ucrânia, com uma presença “mínima” em terra. As informações foram informadas pelos jornais britânicos The Guardian, The Financial Times e The Times.