No início de dezembro, cientistas da União Europeia projetaram que 2024 seria o ano mais quente desde o início dos registros, em meio às crescentes preocupações com as mudanças do clima e seus impactos.
No ano passado, além de secas severas na Amazônia e no Pantanal, também foram registradas enchentes catastróficas no Rio Grande do Sul, que devastaram cidades inteiras e deixaram parcelas do Estado debaixo d’água por semanas.
Fora do Brasil, a Itália passou por uma seca severa, enquanto enchentes devastadoras também foram registradas na Espanha, Sudão e Nepal. Ondas de calor atingiram México, Mali e Arábia Saudita. Além disso, ciclones deixaram rastros de destruição nos Estados Unidos e nas Filipinas, entre outros eventos climáticos extremos ao longo do ano passado.
Estudos científicos confirmaram a responsabilidade das mudança climática causada pelo homem em todos esses desastres. As emissões de dióxido de carbono provenientes da queima de combustíveis fósseis são a principal causa das mudanças climáticas.
O Brasil sediará em novembro, na cidade de Belém, a cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o clima COP30, na qual o mundo traçará a trajetória para cortes mais acentuados nas emissões de gases poluentes e para reforçar a luta contra as mudanças climáticas.
No entanto, turbulências geopolíticas em todo mundo, o crescimento do isolacionismo — que tem derrubado as mudanças climáticas da lista de prioridades globais — e a volta de Donald Trump, um cético do clima, à Presidência dos EUA neste mês devem permanecer como obstáculos para a cooperação climática global.