Os vereadores do Partido Liberal (PL), do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro e Rafael Satiê concederam entrevista exclusiva ao Pleno.News na tarde desta quinta-feira (20) para falar sobre o imbróglio na segurança pública municipal criado por uma proposta do atual prefeito da cidade, Eduardo Paes (PSD).
O chefe do Executivo da capital fluminense propõe a criação de uma força de segurança municipal armada. Eduardo Paes quer renomear a Guarda Municipal para Força de Segurança Municipal (FSM), com ampliação das competências.
Na nova estrutura, haveria um grupamento de elite chamado de Força de Segurança Armada (FSA), que poderia fazer uso de arma de fogo para o policiamento ostensivo da cidade e receberia salário mensal de R$ 13,3 mil.
As alterações na estrutura da corporação foram apresentadas mediante o Projeto de Lei Complementar (PLC) 13/2025 e o Projeto de Emenda à Lei Orgânica (PELOM) 2/2025.
A oposição à gestão de Eduardo Paes entende que o projeto é inconstitucional, já que prevê a contratação temporária de agentes de segurança. O vereador Rogério Amorim (PL), presidente da Comissão de Segurança Pública, defendeu que a falta de contingente policial e agravamento de violência não viabilizam contratação temporária.
A Guarda Municipal entende que a corporação seria sucateada e desvalorizada em comparação com os que tivessem direito ao uso de arma de fogo, o que estaria em evidência com a diferença salarial proposta. Por isso, a defesa pelo direito ao armamento e a um maior soldo.
Na entrevista, Carlos Bolsonaro e Rafael Satiê apresentaram os pontos de divergências com a proposta. Eles entendem que a Guarda Municipal deve ser prestigiada e valorizada, e discordam quanto à criação de uma força adicional, além da remuneração discrepante, muito superior à dos agentes da GM.
