Eduardo Monteiro Lopes, sobrinho de uma ex-corregedora da Polícia Civil, também é acusado pela prática de lavagem de dinheiro. Ele mentiu ao afirmar que após a prisão de Gritzbach não teve mais contato com ele. Só que o visitou na casa dele em 2022.
Lopes disse que ganhava de R$ 2 mil a R$ 3 mil comercializando veículos, mas ofereceu automóveis e motos aquáticas para o delegado Baena. O investigador usava um aplicativo chamado Signal no telefone celular, provavelmente para apagar vestígios de crimes, segundo a Polícia Federal.
O agente de telecomunicações Rogerinho morava em um apartamento de luxo, avaliado em mais de R$ 5 milhões com vista para o mar na Praia Grande. A PF afirma que há indícios de que ele tinha se apropriado de relógios Rolex de Vinícius Gritzbach.
Movimentou R$ 43 milhões
O advogado Ahmed, também investigado por lavagem de dinheiro, movimentou R$ 43,2 milhões entre dezembro de 2019 a maio de 2022. Ele recebeu R$ 8,7 milhões em 1.129 depósitos em espécie. A empresa de ônibus UPBUs, ligada ao PCC, enviou R$ 681 mil para ele
Robinson Granger Moura revelou ao fisco o recebimento de R$ 1,6 milhão em espécie em 2019. De acordo com a PF, a movimentação total do investigado entre dezembro de 2017 e outubro de 2024 foi de R$ 8,2 milhões. No celular dela havia imagens de malas repletas de dinheiro, diz a PF.