Em seu último discurso na Assembleia Legislativa, como deputado, o agora prefeito eleito de Rondonópolis, Cláudio Ferreira, não poupou críticas ao atual prefeito da cidade.
Ferreira atribuiu à omissão do prefeito a responsabilidade por centenas de mortes no trânsito, argumentando que a falta de ordenamento viário resultou em um cenário caótico e inseguro para pedestres e motoristas.
Além do trânsito, o novo prefeito ressaltou o estado precário da saúde municipal. Em seu discurso, destacou que a única Unidade de Pronto Atendimento (UPA) existente na cidade funciona em um prédio obsoleto, com estrutura deficiente, o que prolonga o tempo de espera e afasta os pacientes do atendimento adequado. Também afirmou que o pronto atendimento infantil não possui licença para operar devido às instalações inadequadas. Conforme Ferreira, faltam leitos, remédios e insumos básicos, revelando um quadro crítico e necessitado de intervenções urgentes.
Em tom de apelo, Cláudio Ferreira dirigiu-se ao governador Mauro Mendes, à Assembleia Legislativa, ao Tribunal de Justiça do Estado, ao Ministério Público e à Câmara Municipal de Rondonópolis, pedindo socorro e apoio para reverter o que classificou como um verdadeiro abandono da saúde pública na cidade.
O então deputado, agora prefeito, ressaltou que a população de Rondonópolis já demitiu nas urnas o grupo político do prefeito José Carlos do Pátio e comprometeu-se a “demitir” todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram para transformar a saúde municipal em motivo de vergonha. Ferreira afirmou estar pronto para fazer o necessário, inclusive sacrifícios pessoais, quando o bem da população de Rondonópolis e de toda a região sudeste de Mato Grosso assim o exigir.
Seu discurso concluiu destacando a urgência de “fazer justiça” e reconstruir o sistema de saúde local, buscando parcerias e apoio institucional para devolver à população um serviço de qualidade, eficiente e digno.