Jair Bolsonaro (PL) e o Partido Liberal (PL) devem lançar praticamente toda a família do ex-presidente para concorrer ao Senado em 2026.
Filho mais velho do ex-mandatário, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) completará oito anos de mandato em 2026 e concorrerá à reeleição pelo Rio de Janeiro.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro deve concorrer ao cargo pelo Distrito Federal (DF). Jair Bolsonaro pode apoiar para a segunda vaga o atual governador Ibaneis Rocha. Reeleito em 2022, ele não pode concorrer novamente ao cargo que hoje ocupa.
O PL já fez pesquisas para dimensionar o potencial de Michelle como candidata à Presidência da República. Os resultados foram considerados animadores, mas hoje Bolsonaro apoia a candidatura de Tarcísio de Freitas (Republicanos) para a disputa contra Lula (PT) em 2026.
A candidatura do deputado federal Eduardo Bolsonaro, o filho 03 do ex-mandatário, para o Senado por São Paulo também é tida como certa.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou no fim de semana em um discurso em Santa Catarina que Eduardo será “o candidato mais votado da história do Brasil” caso dispute o cargo, mas que a palavra final seria do pai dele, Jair Bolsonaro — que, segundo interlocutores, já aprovou a candidatura do filho.
Carlos Bolsonaro era considerado até agora candidato certo à Câmara dos Deputados. Mas pode também concorrer ao Senado, onde ajudaria a família a tentar erguer uma fortaleza de proteção aos interesses do patriarca.
De acordo com parlamentares que têm amplo acesso ao ex-presidente, embora seja do Rio de Janeiro, o filho 02 pode concorrer por estados como Santa Catarina e Mato Grosso. Assim, não teria que disputar a base fluminense dos votos familiares com o irmão Flávio.
Se essa for a opção, Carlos Bolsonaro se elegeria senador sem nem mesmo sair de casa, dizem interlocutores do ex-presidente. Na campanha presidencial de 2022, Bolsonaro teve 69,3% dos votos de Santa Catarina, contra 30,7% de Lula. Em Mato Grosso, Bolsonaro teve 65%, contra 35% do petista.
A opção exigiria que Carlos mudasse o domicílio eleitoral do Rio de Janeiro para o estado que escolhesse para concorrer ao cargo.