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Em crise e a quase 1 ano da eleição, Petro demite seus ministros na Colômbia

Após ampla especulação, o presidente Gustavo Petro pediu a renúncia dos seus ministros na Colômbia para colocar de pé uma reforma ministerial que lhe permita dar mais espaço a outras forças políticas e, assim, aprovar reformas importantes no Congresso.

O primeiro líder de esquerda do país confirmou a ordem em sua conta no X na noite deste domingo (9), poucas horas após a sua ministra mais benquista, Susana Muhamad (Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), anunciar que pediu, ela própria, para deixar o governo.

Desse modo, Petro pode fazer as mudanças que quiser para tentar atingir seus objetivos enquanto está há pouco mais de um ano das eleições presidenciais e quando a maior parte de suas propostas da campanha não foi aprovada no Legislativo.

O governo já apresentava rachas públicos, mas a implosão ficou mais evidente durante uma reunião do gabinete que Petro decidiu transmitir em cadeia nacional de TV nesta semana. Os ministros e ele trocaram farpas e acusações, e logo depois três membros do gabinete pediram para deixar o governo.

Na ocasião, Muhamad, do Ambiente, disse que não poderia seguir no governo daquela forma. Emocionada, ela se referia ao fato de Petro ter alçado a seu chefe de gabinete o aliado Armando Benedetti, investigado por financiamento ilegal de campanha e por violência de gênero.

“Como feminista e como mulher, realmente não posso me sentar nessa mesa de gabinete, do nosso governo progressista, com Armando Benedetti”, disse ela na ocasião.

Mas Petro não parece disposto a apartar Benedetti, que parece ser o artífice da reforma ministerial que o governo colocará em prática. O mecanismo usado, de “renúncia de protoloco”, é um pedido para que todos renunciem, mas pode ser que ele mantenha alguns no cargo.

No X, ele disse que “haverá mudanças no gabinete para que o programa eleito pelo povo seja cumprido” e que “o governo vai se concentrar totalmente na execução desse programa”.

As críticas a seu aliado e hoje chefe de gabinete vêm de diferentes setores. O mais recente foi a Defensoria Pública da União. A diretora do órgão, Iris Marín Ortiz, disse nesse domingo que “a permanência de Benedetti no governo é insustentável por muito mais tempo”.

“É lamentável que o governo esteja tão dividido internamente, porque é importante que esteja única e concentrado em torno de um país que tem tantas demandas (e um nível de violência descontrolado”, seguiu ela, referindo-se indiretamente ao que ocorre na região cocaleira de Catatumbo, na fronteira com a Venezuela, onde conflitos entre guerrilhas já fizeram quase 80 mil pessoas deixarem suas casas.

A ministra Muhamad, até então uma das principais aliadas de Petro, que agora deixou a função por vontade própria, preside a COP16, a conferência de biodiversidade da ONU realizada no final do ano passado em Cali, na Colômbia.

Por falta de quórum, negociações importantes da conferência, como a formação de um fundo para a biodiversidade, não foram concluídas na ocasião e devem ser retomadas no final deste mês em Roma.

A ministra já disse que pediu ao presidente para que leve isso em consideração ao acatar sua renúncia, dando a entender que ela poderia seguir no cargo até depois do encontro ou então sair, mas seguir como representante do governo no espaço.

O governo ainda tenta aprovar no Congresso suas propostas de reforma trabalhista e de saúde.

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