De acordo com a CNN, os integrantes do atual governo analisam que o resultado da articulação de Milei com a oposição brasileira, assim como sua participação no evento conservador, é “imprevisível”.
O presidente da Argentina, Javier Milei, durante o discurso de encerramento da Conferência de Política e Ação Conservadora (CPAC) neste domingo (07), em Balneário Camboriú (SC), afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro sofre “perseguição judicial” no Brasil, assim como a liberdade de expressão está sob grande ameaça na América Latina. Na ocasião, Milei também criticou as propostas econômicas e as ações persecutórias de governos socialistas no continente.
“O socialismo é terrível, os governos que resistem terminam sendo rechaçados pela sociedade ou violando a liberdade para se manter no poder. Eles estão dispostos a distorcer as regras. Veja o que passou na Venezuela, uma ditadura sanguinária, veja o que passou na Bolívia em 2019, veja a perseguição judicial que nosso amigo Bolsonaro está passando aqui no Brasil”, disse.
Milei afirmou que políticos e aliados destes governos preocupam-se apenas em favorecer “amigos empresários”, por isso “os governantes hipócritas se tornam multimilionários”. Segundo o libertário, eles estão dispostos a corromper princípios constitucionais para benefício próprio. “Tomemos como exemplo a liberdade de expressão, um valor fundamental da democracia, está sendo questionado nos potenciais mundiais com a justificativa de não ferir a sensibilidade ou respeitar suspeito direto de minorias ruidosas”.
De acordo com a CNN, os integrantes do atual governo analisam que o resultado da articulação de Milei com a oposição brasileira, assim como sua participação no evento conservador, é “imprevisível”. O libertário decidiu não participar da próxima Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, marcada para o dia 8 de julho no Paraguai, para confirmar sua presença no CPAC, o que aumentou a preocupação do governo Lula sobre um possível aprofundamento da crise bilateral.