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Cesar Jorge Sechi foi preso na manhã desta sexta-feira (9) no município de Primavera do Leste.
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Cesar Jorge Sechi foi preso na manhã desta sexta-feira (9) no município de Primavera do Leste.
KARINE ARRUDA
THIAGO NOVAES
DO REPÓRTERMT
O empresário Cesar Jorge Sechi ficou em silêncio durante o depoimento prestado na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá. Cesar foi preso com a esposa Julinere Goulart Bastos na manhã desta sexta-feira (9). Eles são apontados pela Polícia Civil como mandantes do assassinato do advogado Renato Nery, de 72 anos.
Conforme apurado pelo , o empresário teria ficado em silêncio por orientação da defesa, que ainda não teria tido acesso aos autos do inquérito. Após a passagem pela DHPP, ele foi levado para a Penitenciária Central do Estado (PCE).
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Em contato com a defesa de Julinere, representada pelo advogado Geraldo Bahia, o foi informado de que ela ainda vai depor. Segundo Geraldo, ela já teria conversado com as autoridades policiais em outro momento, mas ainda aguarda novos esclarecimentos do caso para prestar novo depoimento. Ela foi encaminhada para a Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto.
Cesar e Julinere foram presos no município de Primavera do Leste (a 244 km de Cuiabá), no condomínio onde residem. Além desse endereço, a polícia também cumpriu mandados de busca e apreensão em uma segunda casa também localizada na cidade.
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As ordens de prisão temporária e de busca e apreensão domiciliar foram decretadas pelo juízo do Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá (NIPO). Os envolvidos respondem por homicídio qualificado.
Segundo as investigações policiais, o casal teria pago R$ 150 mil pela execução do advogado. Conforme apurou a reportagem, ambos prometeram R$ 200 mil para que o advogado fosse assassinado, mas somente parte do valor foi pago.
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Crime
Renato Nery foi assassinado com pelo menos sete tiros no dia 5 de julho de 2024, quando chegava para trabalhar em seu escritório de advocacia, localizado na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá. Nery chegou a ser socorrido e levado ao hospital, onde passou por uma cirurgia de emergência, mas morreu na madrugada do dia seguinte.
Menos de 20 dias antes do crime, o advogado havia denunciado um “escritório do crime” à OAB de Mato Grosso, contra um colega envolvido em uma ação por disputa de terras. Desde de então, a DHPP tem trabalhado com investigações que apontam a disputa de terra como motivação para o assassinato.