“As mensagens devem evitar opinar sobre a imparcialidade ou integridade de um processo eleitoral, sua legitimidade ou os valores democráticos do país em questão”, disse.
A notícia sobre a instrução de Rubio foi primeiro revelada pela agência Reuters. Diplomatas confirmaram ao UOL a existência da circular. Nela, o chefe da diplomacia dos EUA indica que apenas haverá um comentário sobre uma eleição no exterior quando for de interesse dos americanos.
O documento justifica que, “embora os Estados Unidos se mantenham firmes em seus próprios valores democráticos e celebrem esses valores quando outros países escolhem um caminho semelhante, o presidente deixou claro que os Estados Unidos buscarão parcerias com países onde quer que nossos interesses estratégicos estejam alinhados”, disse.
Em outras palavras: o foco não é mais a defesa da democracia. Mas a relação estratégica com um eventual parceiro.
Diplomatas consideram o gesto como um sinal de que Trump quer uma aproximação com regimes que, até hoje, eram considerados como párias, por conta de seu comportamento na questão dos direitos humanos.
Trump questionou eleição no Brasil e suposta perseguição contra Bolsonaro
O telegrama revela uma incoerência diante da postura adotada por Trump contra o Brasil. Em sua carta de 9 de julho, na qual promete tarifas de 50%, o presidente americano acusa as autoridades de “ataques insidiosos do Brasil às eleições livres e aos direitos fundamentais de liberdade de expressão dos americanos”.