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Esposa de desembargador do TJ também foi alvo de operação da Polícia Federal

DO REPÓRTERMT

A servidora Maria de Lourdes Guimarães Filha, esposa do desembargador João Ferreira Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), também foi alvo da Operação Sisamnes, deflagrada nesta sexta-feira (20).

A filha do magistrado, Alice Terezinha Artuso, que também é servidora na corte estadual, já havia sido identificada como alvo da operação depois que foi levada para prestar depoimento na sede da Polícia Federal por conta de uma substância desconhecida encontrada na sua residência. Posteriormente, verificaram que a substância tratava-se de um remédio.

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As duas foram afastadas dos cargos por ordem do ministro Zanin, que negou o pedido de prisão preventiva contra o desembargador por entender que as cautelares são suficientes.

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Alice Terezinha e Maria de Lourdes foram proibidas de acessar ou ingressar no prédio do TJMT e nos sistemas da Justiça estadual. Também foram obrigadas a entregarem os passaportes e proibidas de deixar o país.

Em caso de mudança de endereço, as servidoras devem solicitar autorização judicial.

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O ministro autorizou busca e apreensão na residência de Alice Terezinha, com a apreensão de celulares, tablets, computadores e outros dispositivos para obtenção de provas. Foi determinada ainda a quebra de sigilo telemático dos aparelhos celulares.

Conforme a assessoria do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro observou que há consideráveis elementos apontando que Alice Terezinha Artuso atuaria como intermediadora do suposto recebimento de valores ilícitos oriundos do advogado Roberto Zampieri e, por este motivo, autorizou busca e apreensão em sua residência.

Os dados levantados pela Polícia Federal revelam indícios de que Alice Terezinha recebeu R$ 1,8 milhão de uma empresa que tinha Zampieri como sócio.

Uma das transações identificadas pelo Coaf se refere ao pagamento por Alice de uma parcela da compra de uma motocicleta Harley Davidson, no valor de R$ 25 mil, possivelmente em favor de João Ferreira Filho.

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Também foi detectado o pagamento de um boleto, no valor de R$ 275 mil, a uma empresa do setor de imóveis em favor do desembargador.

Em consulta aos sistemas notariais, a Polícia Federal também apontou inúmeras e sucessivas aquisições e vendas de imóveis relação ao desembargador João Ferreira Filho e sua esposa.

Diante disso, o ministro Cristiano Zanin autorizou o bloqueio de valores de até R$ 1,8 milhão ao magistrado e às servidoras, valor referente ao suposto dano, além de proibir o contato dele com a servidora Alice Terezinha.



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