25/04/2025
O ex-presidente e ex-senador Fernando Collor foi preso na madrugada desta sexta-feira (25) em Maceió (AL) quando tentava se deslocar para Brasília, para se entregar à Polícia Federal. A prisão dele foi determinada na noite dessa quinta-feira (24), pelo ministro Alexandre de Moraes, após o fim dos recursos em uma ação penal em que Collor foi condenado por corrupção.
A prisão dele foi confirmada pelo seu advogado, o criminalista Marcelo Bessa. Na nota, o advogado afirma que:
A defesa da ex-presidente da República Fernando Collor de Mello confirma sua prisão hoje, 25 de abril, em Maceió, às 4 horas da manhã, quando estava se deslocando para Brasília para cumprimento espontâneo da decisão do Ministro Alexandre de Moraes. O ex-presidente Fernando Collor de Mello encontra-se custodiado, no momento, na Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana. São estas as informações que temos até o momento.
O advogado não sabe ainda se a PF levará Collor para Brasília ou se ele deve permanecer em Alagoas.
Em 2023, o Supremo condenou o ex-presidente a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção e por lavagem de dinheiro, em um desdobramento da Lava-jato. Segundo o Ministério Público, ele recebeu R$ 20 milhões em propinas por negócios da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras na venda de combustíveis. Os pagamentos foram feitos entre 2010 e 2014.
O mandado de prisão de Collor ainda vai passar nesta sexta pelo plenário virtual do STF. Os demais ministros poderão votar entre 11h e 23h59 para dar aval ou revogar a decisão de Moraes. Em novembro do ano passado, por 6 votos a 4, o STF rejeitou recursos apresentados pelo ex-presidente e manteve a condenação.
Nesse segundo recurso, os advogados tentavam derrubar a condenação por corrupção, o que poderia livrar Collor de cumprir a pena inicialmente na prisão. Mas o ministro Alexandre de Moraes considerou que o recurso era apenas protelatório e determinou a prisão imediata e o início do cumprimento da pena em regime fechado.
Além de Collor, os empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos foram condenados pelo recebimento do dinheiro. A propina seria para viabilizar irregularmente contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia para a construção de bases de distribuição de combustíveis.