Em Rondonópolis, nos últimos meses, tornou-se comum conversar com alguém e descobrir que a pessoa enfrentou a febre chikungunya ou conhece alguém que sofreu com a picada do mosquito.
Assim como a dengue e o zika, a chikungunya é causada por um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. O ciclo de transmissão ocorre quando a fêmea infectada, ao sugar o sangue de alguém com o vírus, se torna capaz de espalhá-lo para outras pessoas.
Até ontem (21), o município já acumulava 194 casos confirmados da doença neste ano. O coeficiente de incidência alcançou 74,9 casos a cada 100 mil habitantes, posicionando a cidade em nível de alerta laranja no ranking do Ministério da Saúde, considerado de risco elevado.
Grande parte dos diagnósticos foi feita por exames laboratoriais, embora a avaliação clínica tenha sido determinante em alguns casos, especialmente devido à escassez de kits de teste na rede pública de saúde.
Os sintomas das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti variam de febre branda a condições graves, algumas com risco de morte. No caso da chikungunya, os pacientes frequentemente relatam dores articulares intensas que podem persistir por semanas ou até meses, comprometendo a qualidade de vida.
Especialistas orientam a população a intensificar o uso de repelentes e adotar medidas preventivas, já que a proliferação do mosquito segue sendo uma ameaça constante.
PLANO EMERGENCIAL
A secretária de Saúde, Tânia Balbinoti, anunciou em entrevista coletiva no último dia 7 a execução de um a plano emergencial para tentar conter o aumento das arboviroses, como a dengue e a chikungunya.
Dentre as principais ações estão a abertura de unidades funcionando como policlínicas com atendimento 24 horas, reforço na limpeza dos arredores de prédios públicos, especialmente das unidades de saúde e escolas, além do fumacê.
