Vannuchi afirma que Marisa era conselheira do marido e apontava os erros dele. “Nunca foi subserviente ou submissa, mesmo sendo dona de casa. Hoje o presidente está cercado de bajuladores”, diz.
Para Marco Aurélio de Carvalho, advogado de Janja e líder do grupo Prerrogativas, “há uma má vontade” em relação a tudo que Lula fala. “Ele não quis diminuir o papel da dona de casa. Todo o arcabouço jurídico de proteção à dona de casa foi criado por ele”, afirmou.
Disse também ser natural que Lula, “por amar Janja”, se sinta afetado pelas críticas a ela. “Estranho seria se isso não acontecesse.”
Esses ataques, na avaliação da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, são “motivados por misoginia”.
“Janja é uma pessoa política, que participa dos debates, faz articulações e contribui com a elaboração das políticas públicas. Não existe o cenário em que ela ficará em silêncio ou trancada”, afirmou.
A cientista política Larissa Peixoto, pesquisadora da Universidade de Edimburgo, afirma que “não há nada que Janja possa fazer que não seja criticada”.