• Home
  • Destaque
  • Fascismo, navio do Irã no Brasil, Brics: as provocações de Lula a Trump

Fascismo, navio do Irã no Brasil, Brics: as provocações de Lula a Trump

A tarifação de 50% sobre os produtos importados do Brasil pelos Estados Unidos (EUA) vai além do apoio de Donald Trump ao ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro. É resultado de uma sequência de declarações públicas, posturas diplomáticas e decisões políticas que o próprio governo de Lula vem provocando.

O atrito, que começou com o apoio público de Lula à adversária de Trump nas urnas eleitorais, Kamala Harris, escalonou para apoio a ditaduras, e a briga com o Supremo Tribunal Federal (STF), até culminar no ponto mais sensível de qualquer país: o econômico.

Reveja algumas das provocações de Lula a Trump que desgastaram a relação:

Apoio público à Kamala Harris nas eleições americanas

Lula disse explicitamente que estava torcendo pela vitória de Kamala Harris na eleição dos Estados Unidos, no ano passado. O petista também sugeriu que a vitória de Trump significaria uma volta ao fascismo e do nazismo, ao fazer referência ao ataque ao Capitólio, em Washington, em janeiro de 2021. Para ele, a eleição de Kamala seria “muito mais seguro” para a fortalecer a democracia do país.

Resposta dura

Em março, quando Trump ameaçou taxar em 25% o aço e alumínio importados de qualquer lugar do mundo – inclusive do Brasil, Lula rebateu de forma dura, afirmando que o Brasil não aceitaria ser tutelado: “Não adianta o Trump continuar gritando de lá, porque aprendi a não ter medo de cara feia. Fale manso comigo, fale com respeito comigo”.

Embaixada dos EUA no Brasil está vazia

Desde que Donald Trump tomou posse, no início deste ano, os EUA não têm um embaixador nomeado oficialmente no Brasil. É uma situação delicada e que mostra desprestígio, do ponto de vista diplomático.

O último representante do país americano foi a ex-embaixadora Elizabeth Bagley, indicada pelo governo de Joe Biden. Quem responde internamente no momento é o encarregado de negócios dos EUA, Gabriel Escobar.

Alinhamento a países “antiamericanos”

O governo Lula constantemente reforça seu alinhamento com países antiamericanos, como China, Rússia, Irã, Venezuela e Cuba. Na semana passada, durante a declaração final do Brics (formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e outros países emergentes), no Rio de Janeiro, o bloco criticou a ameaça de tarifa adicional de 10% sugerida por Trump aos países do grupo.

No mesmo dia, Lula afirmou que o Brasil era um país soberano e que não aceitaria “interferência ou tutela de quem quer que seja”.

“Eu não acho uma coisa muito responsável e séria um presidente da República de um tamanho de um país como os EUA ficar ameaçando o mundo através da internet. Não é correto. Ele precisa saber que o mundo mudou, não queremos imperador”, disse Lula.

Apoio de Lula ao Irã

Não é de hoje que Lula apoia regimes ditatoriais, como o da Venezuela e o de Cuba. Mas em seu terceiro mandato, Lula evitou condenar a invasão da Ucrânia pela Rússia e deu declarações abertamente anti-Israel e a favor dos terroristas do Hamas e do Hezbollah, que são financiados pelo Irã.

No ano passado, o vice-presidente Geraldo Alckmin foi na cerimônia de posse do presidente do Irã, Masoud Pezeshkian. O país é acusado de cometer uma série de crimes contra os direitos humanos, sobretudo contra as mulheres.

Em 2023, a embaixadora americana no Brasil, Elizabeth Bagley, pediu ao Brasil para não permitir que navios iranianos atracassem na costa brasileira. O porta-helicópteros IRIS Makran e a fragata IRIS Dena, pertencentes à marinha iraniana, ficaram seis dias porto do Rio de Janeiro e geraram um ruído diplomático entre Brasil e Estados Unidos.

Crítica à política externa de Trump

O presidente brasileiro também criticou publicamente o americano depois que este propôs assumir o controle da Faixa de Gaza e a saída dos palestinos da região. Lula disse que Trump vem governando o país com “bravatas” e que os EUA “incentivaram” o genocídio em Gaza.

“O que aconteceu em Gaza foi um genocídio, e eu sinceramente não sei se os Estados Unidos, que fazem parte de tudo isso, seriam o país para tentar cuidar de Gaza. Quem tem que cuidar de Gaza são os palestinos”, disse Lula em fevereiro.

“Treta” das redes sociais com STF, Musk, Janja…

O atrito entre os dois países ganhou força com as rusgas entre o governo Trump e o governo Lula com apoio ao STF. Em setembro do ano passado, o ministro da Suprema Corte, Alexandre de Moraes, suspendeu o X (ex-Twitter) no Brasil por alguns dias. A plataforma é do empresário e, na época braço direito de Trump, Elon Musk.

Em novembro, a primeira-dama, Janja, falou no mesmo evento que Moraes é um “grande parceiro na questão das fake news” e xingou Elon Musk publicamente.

Nos EUA, a Trump Media, empresa de Trump, e a plataforma de vídeos Rumble entraram com um processo contra Moraes sob acusação de o magistrado aplicar decisões do STF contra plataformas que operam em solo americano. Trump alega que o STF emitiu “centenas de ordens de censura secretas e ilegais a plataformas de mídia social dos EUA, ameaçando-as com milhões de dólares em multas e expulsão do mercado brasileiro de mídia social”.

Além disso, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse que a Casa Branca está analisando sanções contra Moraes sob a Lei Magnitsky, com base em denúncias de violações à liberdade de expressão e uso do Judiciário para censurar críticos do governo brasileiro.

Boné “Brasil é dos brasileiros”

O governo brasileiro fez a versão tupiniquim ao famoso boné vermelho dos republicanos nos EUA com a frase “Make America Great Again” (em português, “Faça a América grande de novo”) para se opor aos bolsonaristas que apoiam Trump.

Azul, o boné brasileiro é estampado com a frase “O Brasil é dos brasileiros”. A ideia do ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, porém, não foi das mais assertivas (nem criativas): a frase do boné azul flerta com o fascismo alemão e italiano.

VEJA TAMBÉM:

VEJA MAIS

Ginco Urbanismo apresenta novo marco imobiliário em Cuiabá: o condomínio Ginco Zurique

Reprodução O projeto é marcado por um parque que abraçará o condomínio e uma Reserva…

Mariana Becker quebra o silêncio ao descobrir “derrota” da Band

Mariana Becker quebrou o silêncio e falou com sinceridade sobre a volta da Fórmula 1…

Médica e marido são alvos de operação da Polícia em Sorriso

Homicídio   Na madrugada de 22 de março, a vítima Ivan Michel Bonotto, de 35…