Nesta segunda-feira (14), data que marca a Queda da Bastilha, o consulado-geral da França em São Paulo promoveu um evento no Theatro Municipal para celebrar o início do Ano da França no Brasil, que também marca os 200 anos das relações diplomáticas entre os dois países.
A noite destacou iniciativas bilaterais, como a criação de uma unidade do centro Pompidou em Foz do Iguaçu, a primeira nas Américas. O estilista manauara Maurício Duarte apresentou sua nova coleção na escadaria do teatro, com sua influência de sua ancestralidade indígena.
Ao todo, estão previstos cerca de 300 eventos culturais no país, mais da metade deles em São Paulo. A programação inclui artes visuais, cinema, música, dança, teatro e circo. A abertura oficial acontece em 23 de agosto, com uma mostra no Sesc Pompeia que reúne obras de artistas mulheres africanas, negras da diáspora na Europa e afro-brasileiras.
“Diante da brutalização do mundo, nossa parceria estratégica é mais necessária do que nunca”, disse a cônsul-geral da França, Alexandra Mias. Ela criticou restrições acadêmicas impostas por outros países —em referência velada às políticas migratórias dos Estados Unidos— e reforçou o compromisso francês com a ciência aberta e a liberdade acadêmica. “A França está de braços abertos para acadêmicos brasileiros e para parcerias comerciais”, afirmou.
Representando o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o secretário Gilberto Kassab participou da solenidade. “Que o exemplo da relação com a França inspire quem deseja um mundo melhor”, disse ele, que minimizou impactos das tensões com os Estados Unidos sobre o vínculo com o país europeu: “As relações com a França vão acontecer normalmente, independentemente de outros contextos”.
