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Galípolo cita ataque hacker para defender PEC que amplia autonomia do BC

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, citou o ataque hacker que desviou cerca de R$ 1 bilhão de instituições financeiras na última semana para defender a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que amplia a autonomia da autarquia.

“Do ponto de vista do banco tudo funcionou porque [o invasor] teve acesso à conta da instituição [financeira]. Precisa crescer investimentos em segurança. Por isso, retorno ao tema da PEC. O BC tem condições de fazer que se fiscalize recursos da maneira mais transparente e pública”, afirmou Galípolo em almoço com a Frente Parlamentar do Empreendedorismo.

Os recursos alvo do ataque eram mantidos no Banco Central e estavam em contas de clientes da empresa C&M Software, que presta serviços de tecnologia para instituições do setor financeiro.

Para Galípolo, cresceu o número de inovações produzidas no âmbito do banco, mas sem atualização do arcabouço legal. A PEC, segundo o presidente, ajudaria a preservar esses ganhos e a entrega da autoridade monetária.

No evento, o presidente defendeu ainda o aumento da taxa Selic e disse que dorme tranquilo ao tentar perseguir a meta central de inflação, de 3%.

“Estou chegando há seis meses e acumulando esse feliz recorde de ser o primeiro presidente do BC a assinar carta de descumprimento de meta duas vezes, uma em janeiro e outra mês que vem”, declarou.

“Tenho plena consciência de que, ao colocar a taxa de juros em 15%, dificilmente eu e meus colegas do Copom vamos ganhar o torneio de Miss Simpatia no ano 2025 Durmo tranquilo sabendo que o que estou fazendo é perseguir a meta e sabendo que este é o papel do Banco.”

Na última reunião, em 18 de junho, o Copom (Comitê de Política Monetária) tomou decisão unânime de elevar a Selic (taxa básica de juros do Brasil) de 14,75% para 15% ao ano —o maior patamar desde julho de 2006.

Ata divulgada na última terça-feira (24) mostrou que os juros seguiram altos devido às expectativas de inflação, que seguem distantes da meta perseguida pelo BC. A meta é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

“Mais tolerância com inflação significa que [somos] um país que está confortável com a moeda perder mais valor ano a ano.”

Dados do IBGE, previstos para serem divulgados na quinta (10), indicam que a meta contínua da inflação deve permanecer acima do teto de 4,5%. O IPCA ficou acima de 4,5% no acumulado das cinco primeiras divulgações de 2025. A alta dos preços foi de 5,32% até maio.

Após a decisão do Copom, Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais, criticou a alta de juros, mas não atacou Galípolo diretamente.

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