Aracaju
De forma surpreendente, o Ministério da Justiça reclassificou nesta terça-feira (4) a novela “História de Amor” (1995), que será reprisada pela Globo a partir de segunda (10), no lugar de “Cabocla” (2004) no início das tardes.
O despacho foi publicado no Diário Oficial da União desta terça (4) após monitoramento feito pela coordenação de política de Classificação Indicativa (Cocind), do Departamento de Promoção de Políticas de Justiça (DPJUS).
Segundo a decisão, “História de Amor” tem “conteúdos inconsistentes com a classificação outrora atribuída”. Até então, a novela era indicada para todos os públicos. Agora, ela é “não recomendada para menores de 12 anos”.
Segundo o Ministério da Justiça, “História de Amor” tem “consumo de droga lícita; ato violento; presença de sangue; agressão verbal; insinuação sexual; nudez velada; e estupro”.
O fato não deve alterar a exibição da produção na faixa das 14h45. A Globo, porém, ficará mais vigilante na edição da reexibição. Recentemente, o Ministério da Justiça reclassificou “Cabocla” e “Tieta” (1989).
“História de Amor” traz a terceira Helena criada pelo autor e a primeira vivida por Regina Duarte, que interpretou mais duas, em “Por Amor” (1997) e “Páginas da Vida” (2006).
Na trama, Helena é uma mulher batalhadora e enfrenta a gravidez prematura de sua filha Joyce (Carla Marins), abandonada pelo namorado Caio (Angelo Paes Leme). Pai da moça e ex-marido de Helena, Assunção (Nuno Leal Maia), homem conservador e moralista, não se conforma com a situação da filha.
Sentindo-se solitária, Helena se apaixona pelo famoso endocrinologista Carlos Alberto Moretti (José Mayer), que também se encanta por ela imediatamente. Carlos, contudo, é casado com a possessiva Paula (Carolina Ferraz) e teve um relacionamento de dez anos com Sheila (Lilia Cabral), sua sócia na clínica.
Ela investe, a qualquer custo, em uma reaproximação. Esse quadrilátero amoroso movimenta a história, especialmente quando o médico se envolve com Helena, o que não impede Sheila e Paula de continuarem a disputá-lo.