O grupo fez a ressalva de que, para que o acordo seja implementado com sucesso, Öcalan deve ser capaz de “viver e trabalhar em condições livres”. O PKK disse que está preparado para convocar seus membros para um congresso, conforme a solicitação anterior de Öcalan, mas insistiu que ele deve liderar pessoalmente a reunião.
Até o momento, não houve nenhuma reação das autoridades turcas. Nesta sexta-feira, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que o apelo do líder do PKK para que o grupo se desarme e se dissolva marca o início de uma “nova fase”. Agora há uma “oportunidade para um passo histórico”, afirmou.
A última vez que um cessar-fogo foi declarado foi em 2013, mas o processo de paz fracassou no verão de 2015.
O PKK, fundado por Öcalan em 1978, tem liderado um movimento de insurgência na Turquia desde 1984, quando a organização iniciou sua luta por um estado curdo ou uma região autônoma no sudeste da Turquia.
O apelo de Öcalan é considerado uma vitória do governo de Erdogan, que tem interesse político nas negociações. No entanto, o sucesso dessa iniciativa dependerá da resposta da liderança do PKK e das medidas adotadas por Ancara.
Atualmente, o presidente turco não possui maioria no Parlamento para aprovar uma emenda constitucional que lhe permita concorrer a um quarto mandato presidencial em 2028. Um possível acordo de paz com os curdos poderia fortalecer suas alianças e ajudá-lo a consolidar seu poder.