O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro resgatou nesta segunda-feira (7) cinco pessoas que se perderam em uma trilha do Parque Nacional do Itatiaia, próximo ao município de Resende (RJ).
O resgate mobilizou equipes do quartel de Itatiaia, de Resende e dos grupamentos de socorro florestal e operações aéreas.
Segundo a corporação, o grupo desviou do percurso original e estava em um ponto de difícil acesso. Para pedir ajuda, as vítimas usaram uma lanterna para sinalizar o ponto em que estavam.
A operação começou por volta das 23h de domingo (6) e exigiu técnicas especializadas, além do uso de uma aeronave para a retirada do grupo em segurança. O resgate foi concluído no final da manhã desta segunda.
Havia o risco de hipotermia, pois os trilheiros passaram a madrugada expostos a baixas temperaturas, o que é uma característica da região. Segundo a administração do parque, a madrugada foi de temperatura extrema, chegando a -9,2ºC, o que levou o grupo a procurar um abrigo improvisado.
Os cinco resgatados foram encaminhados a um abrigo e receberam atendimento médico. Após a avaliação, todos foram liberados.
Em nota, a administração do parque informou que os visitantes, moradores do Rio de Janeiro, acessaram de forma irregular a trilha de escalada do Pico das Agulhas Negras.
“A ação imprudente resultou em um incidente que mobilizou equipes da concessionária Parquetur e do Corpo de Bombeiros, culminando em uma operação de resgate bem-sucedida”, diz trecho da nota.
Notícias do dia
Receba diariamente de manhã no seu email as principais notícias publicadas na Folha; aberta para não assinantes.
Ainda de acordo com o parque, o grupo chegou ao local na manhã do domingo e foi orientado pela equipe da portaria sobre a necessidade de agendamento, equipamentos adequados e experiência técnica para o acesso ao cume das Agulhas Negras.
“Mesmo após a negativa formal e a sugestão de trilha alternativa, os visitantes seguiram pela via proibida”, diz a nota.
Eles teriam se perdido na descida, depois que um dos integrantes sofreu uma lesão no joelho, o que dificultou a mobilidade. O parque acionou os bombeiros na noite de domingo e os trilheiros foram localizados no meio da madrugada, em uma fenda da montanha.
“Nenhuma fatalidade foi registrada, mas o episódio evidenciou os riscos de desrespeito às normas de segurança do parque”, finaliza a nota.
Mortes de brasileiros em trilhas
A turista brasileira Juliana Marins, 26, morreu em junho após sofrer uma queda na trilha do monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia. Juliana estava acompanhada de um grupo orientado por um guia local. Segundo relatos, a queda aconteceu quando a brasileira ficou sozinha no momento em que parou para descansar.
O acidente ocorreu no dia 20 de junho e a tentativa de resgate mobilizou brasileiros, que cobraram autoridades locais. O corpo de Juliana foi retirado do local no dia 25 e passou por uma primeira autópsia na Indonésia e outra autópsia no Brasil —um pedido da família à União para esclarecer pontos ainda controversos sobre a morte da jovem, como data e hora.
No dia 22, o corpo do alpinista brasileiro Edson Vandeira, 36, foi encontrado por um grupo de resgate na montanha onde desapareceu com outros dois escaladores, no Peru.
Ele e os peruanos Efraín Pretel Álonzo e Jesús Huerta Picón estavam desaparecidos havia cerca de 20 dias, durante tentativa de escalada na montanha Artesonraju, localizada no Parque Nacional Huascarán, no norte do país. O local é considerado de difícil acesso e com características meteorológicas instáveis.
Dias após o desaparecimento, equipes de resgate encontraram um grande desmoronamento de gelo em Artesonraju.