“Fui informado de que vai chegar um avião, ele vai parar em Fortaleza. Aí nós vamos ver quantas pessoas tem, de que estado são as pessoas, para a gente poder cuidar quando chegarem aqui. Eu acho que, inclusive, nós estamos conversando com o Itamaraty e com a Polícia Federal, para que a gente comece a ter todos esses dados lá ainda onde eles embarcam, na Louisiana, para que a gente possa preparar para dar, recebê-los aqui e fazer com que eles cheguem ao seu destino de origem.”
O primeiro voo com deportados neste ano, depois da posse de Donald Trump, acabou gerando confusão. Um grupo com 88 brasileiros chegou ao Brasil no final de janeiro, após desentendimento entre os deportados e agentes da imigração.
Segundo relatos dos passageiros, as agressões começaram após reclamações devido ao calor. Deportados não tiveram autorização para descer da aeronave durante a manutenção. Alguns também foram algemados, pelas mãos e pés, sem alimentação e sem poder ir ao banheiro. O tratamento desumano gerou críticas de autoridades brasileiras por desrespeitarem pacto firmado em 2017.
A Polícia Federal no Amazonas também apura as denúncias de agressões sofridas por brasileiros deportados dos Estados Unidos. O UOL confirmou que agentes já colheram depoimentos de brasileiros e farão outras diligências, como análise de câmeras de segurança. Não há inquérito instaurado ainda.
A estimativa é que pelo menos 30 mil brasileiros aguardam deportação nos EUA.
