A quebra de protocolo virou alvo de críticas de oposicionistas, o que fez com que a primeira-dama iniciasse a fala no evento de ontem se dirigindo à ministra dos Direitos Humanos e anfitriã do evento, Macaé Evaristo, destacando que não iria “tropeçar” no discurso. “Estou feliz em ter sido convidada para falar, e feliz em não precisar ficar calada.”
Ainda durante o discurso, Janja afirmou que “não admite”, enquanto mulher, que alguém diga que deve ficar calada. “Não me calarei quando for para proteger a vida das nossas crianças e dos nossos adolescentes.”
Viagens
No último domingo, 18, o juiz Leonardo Tavares Saraiva, da 9.ª Vara Federal Cível de Brasília, mandou citar a União para que apresente, no prazo de 20 dias, relatório de gastos das viagens internacionais da primeira-dama. Ela também foi notificada para apresentar sua defesa no processo.
“Enquanto não formalizado o contraditório, não é possível a este Juízo aferir com profundidade a verossimilhança do direito alegado”, escreveu o juiz na decisão. O Estadão pediu manifestação do governo, mas não havia obtido retorno até a publicação deste texto.
As despesas são questionadas em uma ação popular movida pelo vereador Guilherme Kilter (Novo), de Curitiba, e pelo advogado Jeffrey Chiquini. Eles pedem a suspensão imediata de “quaisquer ordens de pagamento, reembolsos, diárias, passagens ou autorizações de despesas” com viagens de Janja.