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Luigi Mangione, acusado de matar CEO de seguradora em Nova York, se declara inocente à Justiça

Mangione foi preso na Pensilvânia e estava detido no estado. Espera-se que ele seja transferido para Nova York, onde ocorreu o crime, ainda nesta quinta-feira (19). Luigi Mangione deixando o tribunal na Pensilvânia após audiência
AP Photo/Gene J. Puskar, Pool
Luigi Mangione, acusado de ser o assassino do CEO da seguradora de saúde UnitedHealth, Brian Thompson, concordou em ser transferido para Nova York em uma audiência nesta quinta-feira (19).
O suspeito desistiu de sua contestação legal contra sua extradição para a cidade. Agora, espera-se que ele seja enviado da Pensilvânia – onde foi preso – ainda nesta quinta para enfrentar as acusações: uma de homicídio de primeiro grau e duas de homicídio de segundo grau, uma das quais descreve o assassinato como um ato de “terrorismo”.
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Mangione compareceu a duas audiências na Pensilvânia esta manhã. Uma para responder à acusação de porte de arma no estado e a segunda sobre o pedido de extradição.
Segundo a agência de notícias Associated Press, Luigi Mangione fez um acordo com o promotor e concordou em ser transferido após a defesa lhe entregar o relatório investigativo de 20 páginas do Departamento de Polícia de Altoona.
Na terça, Mangione foi formalmente acusado por homicídio doloso nesta terça-feira (17).
“Esse tipo de violência armada premeditada e direcionada não pode e não será tolerada”, disse o promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg, em uma declaração anunciando a acusação.
Thompson foi morto a tiros no dia 4 de dezembro, em frente a um hotel de luxo de Nova York. Cinco dias depois, Mangione foi detido em uma cidade da Pensilvânia, a cerca de 400 km do local do crime, enquanto estava em uma unidade do McDonald’s.
Mangione, 26, era egresso de uma universidade prestigiada nos EUA, a Penn State, e sofria de dores crônicas nas costas que afetavam sua vida diária, de acordo com amigos e postagens nas redes sociais, embora não esteja claro se sua saúde pessoal desempenhou um papel no tiroteio.
A UnitedHealth afirmou que Mangione não era cliente da empresa.
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Quem é Luigi Mangione
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Altoona Police Department
Luigi Mangione tem 26 anos e nasceu no estado de Maryland. Segundo a imprensa norte-americana, durante a adolescência, ele foi um dos melhores alunos da turma e estudou em um colégio de elite de Baltimore.
Mais tarde, Mangione entrou na Penn State University, onde cursou ciência da computação, com foco em inteligência artificial. A instituição está entre as melhores universidades particulares dos Estados Unidos.
Em suas redes sociais, Mangione mostrava apreço pelo manifesto de Ted Kaczynski (1942-2023), o “Unabomber”, um dos mais famosos serial-killers dos EUA. Ele também criticava, pelas redes sociais, o uso de smartphones por crianças.
Segundo a polícia, o último registro de Mangione apontava que ele estava morando em Honolulu, no Havaí. Amigos e pessoas que trabalharam com ele o definiram como “um cara legal” e revelaram que ficaram chocados com o crime.
Mangione também nasceu em uma família rica, que controla um império imobiliário e empresarial. Entre as propriedades dos “Mangiones” estão country clubs, casas de repouso, estações de rádio, campos de golfe, hotéis, resorts e uma fundação.
Identidade falsa, arma e manifesto
Segundo a polícia, Mangione foi preso com uma identidade falsa. O documento foi o mesmo usado pelo atirador para fazer check-in em um hostel de Nova York antes de Brian Thompson ser assassinado.
Além disso, os policiais encontraram com suspeito uma pistola com características semelhantes às da usada no crime. A polícia informou que acredita que a arma foi produzida em partes, a partir de uma impressora 3D.
O aspecto físico de Mangione também é muito semelhante ao do atirador que foi flagrado nas imagens de câmeras de segurança no dia em que Thompson foi morto.
Os policiais afirmam ter encontrado com Mangione um documento escrito à mão. O manifesto tinha cerca de três páginas e expressava a raiva do suspeito contra as empresas de seguro de saúde. Segundo a Associated Press, ele descreveu essas organizações como “parasitárias”.
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Fonte: G1

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