Presidente da França, Emmanuel Macron, convocou novas eleições legislativas após vitória da União Nacional, liderada por Jordan Bardella
O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou a dissolução do parlamento do país, a Assembleia Nacional, e a convocação de eleições legislativas antecipadas, após uma derrota significativa de seu partido Renascimento nas eleições parlamentares europeias. Os resultados preliminares indicam um avanço impressionante da direita, com o partido de direita União Nacional (RN) liderando com uma margem considerável.
Com o RN obtendo entre 31,5% e 32,4% dos votos, praticamente o dobro do partido de Macron, as sondagens revelaram uma rejeição contundente ao atual governo. O líder do RN, Jordan Bardella, em um discurso de comemoração, instou Macron a dissolver o parlamento, descrevendo a disparidade entre os dois partidos como um sinal claro de desaprovação para o presidente.
Jordan Bardella, um jovem político direitista de apenas 28 anos, emergiu como o grande vencedor dessas eleições. Sua ascensão meteórica e sua habilidade em galvanizar o eleitorado com mensagens populistas e anti-establishment foram fundamentais para o sucesso do RN. Sua juventude e vigor político conquistaram muitos eleitores desiludidos com a tradicional política francesa, e sua liderança forte durante a campanha eleitoral o estabeleceu como uma figura proeminente na paisagem política francesa.
Em resposta à pressão crescente da direita, Macron fez um anúncio surpreendente, convocando eleições legislativas e destacando a confiança no povo francês para tomar a decisão mais justa. As eleições ocorrerão em dois turnos, em 30 de junho e 7 de julho.
Essa virada nas eleições europeias não apenas destacou a determinação do povo francês, mas também refletiu uma mensagem clara de mudança na direção política da União Europeia. Com a direita francesa conquistando uma parcela significativa das cadeiras no Parlamento Europeu, Macron e seu partido saem do pleito enfraquecidos, aumentando a pressão por uma mudança de curso na política nacional.
A coalizão Ensemble, incluindo o partido Renascimento de Macron, terá grandes dificuldades para reconquistar a confiança dos eleitores e reverter o ímpeto da direita. Com as eleições legislativas antecipadas se aproximando rapidamente, o cenário político francês está em turbulência, com incertezas sobre o resultado e as consequências para o futuro do país e da União Europeia.