Uma mancha de sujeira no rio Pinheiros, em São Paulo, é alvo de investigação da companhia ambiental do estado, a Cetesb.
Os técnicos buscam entender a composição e a origem do material, que surgiu na segunda-feira (20) na altura da estação Granja Julieta da linha 9-esmeralda dos trens metropolitanos, na zona sul da cidade.
A hipótese de um descarte clandestino é a mais forte até o momento.
O rio Pinheiros passa por um processo de despoluição e revitalização de suas margens desde 2019. O ex-governador João Doria chegou a afirmar que o Pinheiros estaria limpo e com as margens recuperadas até 2022. Porém, o rio foi considero o mais poluído da mata atlântica em 2023.
Entre 160 pontos monitorados por voluntários do SOS Mata Atlântica ao longo dos 25 km do rio, a qualidade da água foi considerada regular em 75% dos casos, ruim em 16,2% e péssima em 1,9%. Não foi registrado nenhum local com qualidade ótima.
Segundo o Governo de São Paulo, já foram retiradas mais de 100 mil toneladas de lixo, entre garrafas pet, bicicletas, pneus e plásticos desde o início do programa de despoluição. Há também o trabalho de limpeza do leito, com remoção de mais de 779 mil m³ de sedimentos (mais de 30 mil caminhões basculantes).
Quase um milhão de imóveis que despejaram seu esgoto ali também foram conectados ao sistema de tratamento.
Como resultado direto, o rio Pinheiros já apresenta água sem odor e com a volta de vida aquática, segundo a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente.